São Paulo – A Justiça paulista aceitou denúncia contra Eduardo Seganfredo Vasconcelos, de 19 anos, pelo assalto contra os pais da influenciadora Bruna Biancardi, em Cotia, na Grande São Paulo. O réu era vizinho das vítimas, confessou o crime e está preso preventivamente. Outros dois participantes seguem foragidos.
O caso aconteceu em novembro de 2023. Na ocasião, Eduardo e outros dois assaltantes aproveitaram a falta de luz em um condomínio fechado da cidade para invadir a casa e render Telma Fonseca Ribeiro, 50 anos, e Edson Ribeiro, 52, pais de Bruna Biancardi.
Os ladrões usaram cadarços de tênis para amarrar as vítimas e ameaçaram jogar óleo fervendo no rosto de Telma. Eles levaram bolsas, relógios e joias de Bruna Biancardi e Mavie, a filha recém-nascida que a influencer tem com o jogador Neymar.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu denúncia por roubo qualificado, com a participação de duas ou mais pessoas e por manter as vítimas sob seu poder, na sexta-feira (19/1). A juíza Andressa Martins Bejarano, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), aceitou a acusação no mesmo dia.
Réus
Com prisão preventiva decretada, Pedro Henrique dos Santos Vasconcelos, 18 anos, mais conhecido como “Urso”, também foi denunciado pelo MPSP. No entanto, ele permanece foragido desde o crime.
A Polícia Civil ainda tenta descobrir quem é o terceiro assaltante, identificado apenas como “Europa”, que também foi alvo da acusação. Para isso, os investigadores pediram a quebra do sigilo telefônico de nove pessoas, incluindo Eduardo, Pedro, as namoradas deles, amigos e familiares.
“Os denunciados vasculharam toda a residência em busca de objetos de valor na companhia da vítima Telma, sempre a ameaçando com armas de fogo, encostando uma arma em sua cabeça e a outra em suas costas”, registrou o promotor Filipe Viana de Santa Rosa, do MPSP, na denúncia obtida pelo Metrópoles.
“Edson permaneceu no quarto, vigiado pelo terceiro roubador, que a todo momento pedia calma para a vítima, afirmando que se colaborassem tudo ficaria bem.”
Ao aceitar a acusação, a juíza Andressa Martins Bejarano decidiu manter a prisão de Eduardo. Ele está no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo.
“A gravidade dos fatos narrados e os elementos constantes no feito reclamam a manutenção da segregação cautelar para assegurar a aplicação da lei penal e para fins de garantir a ordem pública”, escreveu a magistrada.
Assalto aos Biancardis
Telma e Edson ficaram sob poder dos criminosos por cerca de 25 minutos. Os ladrões roubaram três bolsas, das marcas Dior, Chanel e Louis Vuitton, avaliadas em R$ 20 mil, além de cinco relógios de pulso (Guess e Prada), quatro alianças de ouro, duas pulseiras (Cartier), dois brincos (Chanel e Louis Vuitton), um celular (Apple) e uma pulseira com diamante e rubi.
Em depoimento, Eduardo confessou o assalto, narrou detalhes do planejamento, alegou estar arrependido e disse ter sido “influenciado pelos amigos”. Após o flagrante, ele ficou detido na carceragem da Delegacia de Polícia de Cotia.
Eduardo já tinha passagens por tráfico de drogas e havia sido condenado por vender crack. Ele havia deixado a cadeia pouco menos de um ano antes do assalto.
Já Pedro Henrique dos Santos Vasconcelos, 18 anos, o “Urso”, é o assaltante que aparece no banco de passageiro, ao lado de Eduardo, nas gravações de câmeras de segurança da portaria, segundo a investigação. Ele tem um mandado de prisão em aberto desde novembro de 2023.
