Tarcísio reduz aulas de artes e aumenta matemática e português em SP

Governo Tarcísio publicou novo currículo escolar no Diário Oficial desta sexta-feira (17/11); mudanças afetam ensino Fundamental e Médio

atualizado 17/11/2023 18:06

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Imagem colorida de Tarcísio de Freitas Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou nesta sexta-feira (17/11), no Diário Oficial, uma resolução que altera o currículo escolar para alunos do segundo ciclo do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), extinguindo as aulas eletivas, e do Ensino Médio, reduzindo a carga horária de matérias de humanas.

As aulas eletivas são aquelas que poderiam ser escolhidas pelos próprios alunos e incluíam temas diversificados. No lugar delas, os estudantes do Fundamental 2 terão ensino obrigatório de educação financeira, orientação de estudos e projeto de vida.

Já para o Ensino Médio, o governo vai reduzir aulas de filosofia, sociologia e artes na grade comum e aumentar o número de aulas de física, história e geografia, que tinham sido retiradas da grade do 3º ano com a implantação do Novo Ensino Médio. A falta das três disciplinas era uma das maiores queixas dos alunos ao formato, já que os conteúdos são cobrados em vestibulares.

Apesar de também aparecerem nos processos seletivos, as aulas de filosofia, sociologia e artes ficarão de fora da grade do 3º ano na formação geral. Apenas os estudantes que optarem pelo itinerário de Linguagens e Ciências Humanas terão conteúdos relacionados a essas disciplinas, que serão oferecidos dentro das matérias de arte e mídias digitais,  filosofia e sociedade moderna, e geopolítica.

A mudança também criou um espaço “livre” de duas aulas por semana nas turmas do Ensino Médio de escolas de tempo integral de 9 horas. Com isso, as unidades poderão optar por preencher o tempo com aulas de arte, música ou educação física.

A presença de conteúdos ligados às disciplinas de português e matemática vai subir, com a inclusão de aulas de redação e leitura e educação financeira na formação básica.

Com isso, as aulas relacionadas à língua portuguesa (português e redação e leitura) aumentarão de 10 para 16 por semana, em uma conta que inclui os três anos do Ensino Médio. Os conteúdos ligados à matemática, incluindo educação financeira, sairão das atuais 10 aulas para 17.

Com as mudanças, os itinerários formativos, as matérias que o aluno do Ensino Médio escolhe se irá fazer, ficam mais engessadas. Dos atuais 11 itinerários, no ano que vem os alunos terão apenas dois, além da opção pelo ensino profissionalizante.

Em entrevista ao Metrópoles em julho deste ano, o então diretor-pedagógico da Secretaria da Educação, Renato Dias, afirmou que a redução de itinerários visava simplificar o modelo e oferecer aulas “mais adequadas” ao momento do aluno.

“Eram 11 itinerários formativos, cada um com seis unidades curriculares e quatro disciplinas diferentes. É uma loucura de gestão para o aluno e para o professor”, afirmou Dias. “Como é que eu consigo garantir material didático de qualidade para essas 300 disciplinas?”, disse ele.

Em setembro, Dias foi exonerado do cargo após a polêmica envolvendo os erros no material didático digital entregue para as escolas.

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