São Paulo – Suzane Louise von Richthofen, condenada por assassinar os próprios pais em 2002, vai passar quase 10 anos cumprindo pena em regime aberto.
A progressão para o regime aberto de Suzane, que tem 39 anos, foi concedida pela 2ª Vara de Execução Criminal de Taubaté, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na quarta-feira (11/1). O processo está sob segredo de Justiça e o Ministério Público (MPSP) afirma que vai recorrer da decisão.
O Metrópoles teve acesso à ficha processual de Suzane no sistema penitenciário de São Paulo. Segundo o documento, que consta dos autos no TJSP, ela ainda deve cumprir pena, agora em regime aberto, até novembro de 2032. O último cálculo de pena foi feito pela Justiça em setembro de 2021.
Histórico
O documento também aponta que o pedido de progressão de regime estava em avaliação pelo menos desde dezembro de 2017.
“Há em andamento o pedido de progressão ao regime aberto, no qual foi solicitado a realização de exame criminológico. Os autos encontram-se aguardando a vinda do laudo para posterior apreciação do pleito”.
Presa há 20 anos, Suzane também já conseguiu revisão de senteça e redução da pena por estudar e trabalhar na cadeia. Ao menos 800 dias de remissão, ou pouco mais de dois anos, já foram incluídos na sua ficha.
Em 2021, ela também recebeu autorização para cursar faculdade de biomedicina.
Caso von Richthofen
Suzane foi condenada originalmente a 39 anos de prisão em regime fechado. Desde 2015, ela cumpria pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.
Daniel Cravinhos acabou condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas deixou Tremembé em 2017, após autorização para cumprir pena em regime aberto.
O irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, também participou dos assassinatos e recebeu pena de 38 anos e 6 meses em regime fechado. Ele chegou a conseguir liberação para o aberto, mas após ser preso em 2017 por tentativa de suborno perdeu o direito.
