São Paulo – Uma ampla construção em um bairro não divulgado de Guarulhos, com quartos capazes de acolher 50 pessoas, começou a receber nesta sexta-feira (3/2) refugiados de guerra vindos do Afeganistão que estavam acampados, em condições precárias, no saguão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O endereço da moradia vem sendo mantido em sigilo por técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social por causa das situações de perigo e vulnerabilidade em que estão a essas pessoas.
Um segundo endereço, na mesma cidade, está sendo vistoriado nesta sexta pelos técnicos da assistência social. A tentativa é fechar um contrato neste fim de semana para abrir pelo menos outras 35 vagas.
Somando as duas residências, haveria espaço suficiente para por fim ao acampamento dos refugiados, na avaliação da cúpula do governo. Se isso ocorrer, há expectativa de que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento Junior, cuja equipe providencia as moradias, façam um anúncio oficial das medidas.
Acampamentos
A crise dos refugiados acampados em Guarulhos teve início em meados do ano passado. No governo Jair Bolsonaro, o Brasil expediu mais de 4 mil vistos humanitários para afegãos que quiseram deixar o país de origem após o grupo Talibã retomar o controle do governo local, que estava sob tutela dos Estados Unidos desde 2002.
Entretanto, ao chegar no Brasil, essas pessoas tiveram de procurar serviços de assistência social da Prefeitura de Guarulhos e do governo do Estado, que não estavam articulados com Brasília para oferecer esse atendimento. Dessa forma, os refugiados passaram a ficar dias em colchões no saguão do aeroporto até conseguir ajuda.
Na semana passada, o governo federal informou que pretendia regularizar a situação dos refugiados do Afeganistão que chegam ao Brasil por Guarulhos.
