SP 470 anos: pré-candidatos citam memórias e o que mudariam na cidade

No aniversário de 470 anos de SP, pré-candidatos à prefeitura recordam memórias afetivas e projetam transformações na cidade

atualizado 25/01/2024 11:06

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Montagem com antes e depois da Av. Paulista, em SP, e os pré-candidatos à Prefeitura da cidade - Metrópoles Arte/Metrópoles

São Paulo – De passeios no centro a programas de fim de semana com a família, a relação dos principais pré-candidatos à Prefeitura com a aniversariante do dia, a cidade de São Paulo, que completa 470 anos nesta quinta-feira (25/1), foi construída pela memória afetiva de quem deseja, um dia, comandar o município.

A pedido do Metrópoles, os seis principais nomes na disputa à Prefeitura paulistana responderam duas perguntas: do que sentem saudades em São Paulo e o que transformariam na cidade.

À exceção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), todos mencionaram o desejo de transformar o centro da cidade, que abriga cenas de uso aberto de drogas e é palco de episódios diários de violência. A região, quase sempre, é o calcanhar de Aquiles dos prefeitos que, assim como Nunes, buscam a reeleição.

Além do centro, outras temáticas enfatizadas pelos pré-candidatos foram a segurança pública e as “oportunidades” oferecidas aos paulistanos. Os deputados federais Guilherme Boulos (PSol-SP) e Tabata Amaral (PSB), em especial, citaram o desejo de combater a desigualdade social na cidade.

Leia, abaixo, o resumo das respostas enviadas à reportagem. As íntegras dos depoimentos, gravados em vídeos, estão no Instagram do Metrópoles.

6 imagens
O prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB)
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP)
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP)
A economista Marina Helena (Novo)
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP)

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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O prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB)

Patrícia Cruz / Governo do Estado de SP
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)

Câmara dos Deputados
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O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP)

Câmara dos Deputados
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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP)

Elaine Menke/Câmara do Deputados
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A economista Marina Helena (Novo)

Divulgação/Partido Novo

Ricardo Nunes (MDB), 56 anos, prefeito de São Paulo

Para o prefeito paulistano, criado no Parque Santo Antônio, na zona sul da capital, a principal memória afetiva relativa ao município envolve as idas com seus pais e irmãos ao sítio da família em Parelheiros, no extremo sul da cidade, aos finais de semana.

“E também os nossos passeios no Parque Ibirapuera. Coisa tão linda e tão bonita, fica isso como uma grande memória: o passeio com a família em locais da nossa cidade”, recorda.

Nunes também vê, em São Paulo, a oportunidade de “transformação constante”, com a migração frequente de empresas e pessoas.

Veja o vídeo de Nunes na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

“Essa cidade onde vem gente do Brasil e do mundo inteiro, onde as pessoas vêm para cá realizar os seus sonhos, é de fundamental importância”, diz.

Guilherme Boulos (PSol), 41 anos, deputado federal

Entre as recordações de Boulos sobre a cidade, estão os passeios que fazia com o pai pelas ruas do centro.

“Eu me lembro quando eu tinha 12, 13 anos de idade, meu pai me levava no sábado para andar na [rua Coronel] Xavier de Toledo, na Praça Ramos, para comprar um livro, para tomar um lanche ou um sorvete. Isso era uma realização”, diz.

Criado em Pinheiros, bairro de classe média da zona oeste, Boulos vive há mais de dez anos no Campo Limpo, na periferia da zona sul, e vê como urgente a necessidade de acabar com a desigualdade social em São Paulo.

Veja o vídeo de Boulos na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

“Tem lugares na nossa cidade em que o IDH é da Suécia e da Noruega, e tem lugares em que o IDH é dos países africanos mais pobres. São Paulo precisa superar esse abismo que divide a nossa cidade em duas”, observa.

Tabata Amaral (PSB), 30 anos, deputada federal

Nascida na Vila Missionária, bairro de periferia no distrito de Cidade Ademar, também na zona sul, Tabata guarda lembranças de passear pela região, à noite, acompanhada do pai, e de circular de ônibus com ele e o irmão pela cidade.

“Meu pai era cobrador de ônibus. Ele sempre anotava as coisas que ele via, contava para a gente dos bairros bonitos, chiques, cheios de árvores que ele encontrava no caminho. E a gente gostava muito quando a gente podia ir trabalhar com ele e ver isso do ônibus junto com ele também”, conta.

Para a deputada, a transformação necessária na cidade passa pela revitalização do centro e pela redução da desigualdade social.

Veja o vídeo de Tabata na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

“O que eu gostaria de ver transformado na cidade de São Paulo é essa desigualdade toda, essa distância toda. Eu quero que o nosso centro volte a ser vivo e seguro, que o verde do [Parque] Ibirapuera e dos bairros mais nobres esteja também nas nossas periferias e na minha Cidade Ademar”, afirma.

Ricardo Salles (PL), 48 anos, deputado federal

Já o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), criado em Moema, na zona sul, cita memórias relacionadas ao centro de São Paulo do período em que cursou direito no Mackenzie, na região central.

“Fazia estágio no Fórum João Mendes, ia almoçar no Itamaraty, na frente do Largo São Francisco. Vários lugares de interesse do nosso convívio do mundo do direito, em especial, no centro da cidade de São Paulo. Era algo muito agradável”, recorda.

É justamente a região central que, segundo ele, mais necessita de transformação na cidade. A exemplo do que ocorreu em Nova York durante a gestão de Rudolph Giuliani (1994-2001), Salles defende que São Paulo adote uma política de “tolerância zero” e aplique punições até mesmo para delitos mais leves.

Veja o vídeo de Salles na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

“O que eu faria de diferente é São Paulo ter mais cuidado. Mais cuidado com as pessoas, com o transporte, com a iluminação, com a pavimentação, para que haja na cidade de São Paulo o que houve em Nova York: um choque de tolerância zero”, defende.

Kim Kataguiri (União), 27 anos, deputado federal

Nascido em Salto e criado em Indaiatuba, ambas no interior paulista, o deputado federal Kim Kataguiri (União) construiu sua relação com a capital na militância política à frente do Movimento Brasil Livre (MBL), a partir de 2014, durante protestos pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Veja o vídeo de Kim na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

No entanto, ele acumula boas lembranças de passeios pela cidade para ir aos festivais de Okinawa, na Vila Carrão, e das cerejeiras, no Parque do Carmo, ambas na zona leste. Além disso, se recorda das visitas ao Museu da Língua Portuguesa, no centro histórico da cidade.

“Na infância eu gostava muito de visitar o Museu da Língua Portuguesa, antes de acontecer o incêndio [em 2015]. Sempre gostei muito de língua portuguesa, de redação, de gramática e era um dos lugares que eu mais gostava de visitar”, diz.

A transformação mais necessária, para ele, também precisa ocorrer no centro de São Paulo.

“Poder ter um centro limpo, um centro decente, um centro em que eu leve meus amigos para conhecer a cidade e que eu tenha orgulho de mostrar: ‘Olha, essa aqui é a Praça da Sé, essa é a Liberdade, essa é a República’. São lugares e bairros históricos da cidade que estão absolutamente destruídos”, afirma.

Marina Helena (Novo), 43 anos, economista

A economista Marina Helena, pré-candidata do Partido Novo à Prefeitura, é a única que não nasceu no estado. Natural de Brasília, ela cresceu entre a capital federal e São Luís (MA) e mudou-se para São Paulo no início da vida adulta, aos 23 anos.

Veja o vídeo de Nunes na íntegra no Instagram do Metrópoles São Paulo

Assim como outros pré-candidatos, algumas das melhores lembranças de Marina passam pelo centro da cidade, em especial pela Casa Mathilde, tradicional doceria portuguesa cuja loja na região fechou as portas em 2020.

“Eu lembro dos meus finais de semana, de vir na Casa Mathilde, uma doceria centenária, e comer um pastel de nata. Daqui eu podia seguir para assistir aos cantos gregorianos dos monges beneditinos [no Mosteiro de São Bento] ou ir até o CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil] para ver uma exposição”, afirma.

À espera do segundo filho, ela destaca a questão da segurança pública como a principal mudança pela qual a cidade precisa passar.

“Eu entrei na política exatamente por eles [os filhos] e vou trabalhar para que toda mãe possa dormir tranquila sabendo que seu filho vai chegar com segurança em casa e vai ter, sim, a oportunidade de uma vida melhor”, diz.

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