São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu suspender a greve que estava prevista para esta terça-feira (13/6). A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (12/6), na sede da entidade, na capital paulista.
Segundo o sindicato, 73% dos metroviários votantes desistiram da paralisação após o Metrô de São Paulo alterar alguns pontos da proposta que havia feito à categoria na última quinta-feira (8/6). As mudanças foram classificadas como “avanços” pela presidente da entidade, Camila Lisboa.
A principal reivindicação da categoria é a contratação de novos funcionários por meio de concurso público. Segundo o sindicato, há um déficit de 2 mil funcionários atualmente. Para não prejudicar a população e pressionar o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a categoria propunha operar nesta terça-feira com as “catracas liberadas aos passageiros”.
Segundo Camila, o Metrô sinalizou nesta segunda-feira com a contratação de 115 agentes de segurança aprovados em concurso feito em 2019 e se comprometeu a encaminhar ao governo um pedido de abertura de novo concurso para acabar com o déficit de funcionários.
Sindicato diz que Tarcísio não cumpriu acordo e mantém greve no metrô
Além disso, a empresa acolheu uma série de outros pedidos da categoria, como reajuste de 4,52% nos salários e no vale-refeição pagos em maio, de 38,9% no vale-alimentação, que subirá para R$ 649, e propôs mudanças na Participação nos Resultados (PRs) da companhia, que devem elevar os pagamentos de R$ 4 mil para até R$ 9,5 mil, conforme o percentual de metas atingidas pela empresa.
“O Metrô se comprometeu aqui. Têm problemas ainda, mas a gente acha que houve avanço. Vamos agarrar o que a gente conquistou, não é merreca, foi suado. Nossa proposta é aceitar e suspender a greve e continuar a treta sobre carreira e contratação”, defendeu Camila antes da votação na assembleia.
