São Paulo — O torcedor são-paulino Rafael dos Santos Tercílio Garcia, de 32 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Isso é o que mostra a declaração de óbito emitida pelo serviço funerário municipal emitida nesta terça-feira (26/9).
Torcedores do São Paulo entraram em conflito com a Polícia Militar logo após a conquista da Copa do Brasil pelo clube paulista. A confusão aconteceu no entorno do Estádio do Morumbi, na Praça Roberto Gomes Pedrosa, na zona sul de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Garcia foi encontrado com um ferimento na cabeça no local e levado ao pronto-socorro do Campo Limpo, onde morreu.
Na declaração de óbito, consta que o torcedor sofreu traumatismo cranioencefálico, por ação vulnerante de agente perfuro contundente, que é quando uma marca na pele da vítima fica tão evidente que é possível identificar o instrumento ou objeto utilizado. Segundo o texto, Rafael foi vítima de disparo de arma de fogo.
Em entrevista à TV Globo nesta terça, Vilma Garcia, mãe do torcedor, já tinha afirmado que o filho assassinado. “No atestado de óbito está [escrito] que meu filho foi assassinado. Por quê? Meu filho só queria se divertir. Não tinha outra torcida. Quem matou meu filho?”, disse.
A Polícia Civil investiga o que causou a morte do rapaz. O caso foi registrado como “promoção de tumulto e homicídio”.
Garcia era deficiente auditivo e membro da torcida organizada são-paulina Independente. Ele era um dos líderes do Surdos Tricolores, movimento ligado à torcida.