Repatriados de Gaza vão para abrigo evangélico que já acolheu afegãos

Grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza ficará em centro que tem chalés individuais e já recebeu afegãos e venezuelanos

atualizado 15/11/2023 21:49

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Imagem colorida mostra avião presidencial, um airbus branco, com detalhes em verde e amarelo, na frente de um hangar da FAB. Do avião, descem algumas pessoas, que caminham na pista - Metrópoles Bruno Ribeiro/Metrópoles

São Paulo — A maior parte do grupo de brasileiros repatriados pelo governo federal da Faixa de Gaza ficará abrigada no interior de São Paulo, em uma instituição evangélica, ligada à Igreja Batista, que já atuou em parceria com o governo Jair Bolsonaro (PL) para acolher afegãos e venezuelanos que buscaram refúgio no Brasil.

Lá, cada núcleo familiar deve ficar em um chalé exclusivo. Em São Paulo, os repatriados de Gaza terão refeições e atividades em um espaço com quadras poliesportivas e piscinas para as crianças. A proposta é gerar oportunidades de integração social, econômica e cultural para que consigam se manter no país.

O abrigo fica em uma cidade da região de Bragança Paulista. O governo vê riscos à integridade dos resgatados, por isso solicitou que o endereço exato não fosse revelado. Coordenadora da entidade, Fabíola Molulo reforçou ao Metrópoles o pedido para não publicar a localização da instituição, que recebeu um total de 17 refugiados nesta quinta-feira (15/11).

Segundo Fabíola, a entidade, que é parceira do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), chegou a receber mais de 700 afegãos e quase 200 venezuelanos na gestão passada, em meio a ações do governo para dar acolhimento a essas pessoas.

“Quando houve esse caso (com os brasileiro-palestinos), o Ministério do Desenvolvimento Social nos procurou de novo”, afirmou a coordenadora.

Doações

A organização recebe doações pela internet e há produtos como a venda de camisetas com a frase “Jesus Cristo é a solução” em páginas ligadas à entidade. Embora “religião” seja um tema sensível, que tem papel no conflito entre judeus e palestinos, Fabíola garante que esse detalhe não faz nenhuma diferença no trabalho desenvolvido pelo grupo.

“Não tem relação, o convívio é em harmonia. Até porque o que a gente faz é um trabalho humanitário, de acolhimento e ajuda a essas pessoas”, afirmou.

Dos 32 brasileiros resgatados da Faixa de Gaza, 16 têm menos de 18 anos. O mais jovem é um bebê nascido em fevereiro. A pessoa mais velha tem 50 anos. O governo brasileiro informou trabalhar para elaborar uma nova lista de pessoas para serem resgatadas da zona de guerra.

O Metrópoles questionou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social sobre os motivos de terem enviado os brasileiros resgatados para a entidade paulista, mas não teve resposta.

 

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