Privatização da Sabesp causa atrito entre aliados na Câmara de SP

Vereadores do Republicanos agem para evitar frente parlamentar contra privatização da Sabesp e presidente da Câmara promete retaliação

atualizado 19/09/2023 16:57

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Milton Leite Yuri Salvador/Rede Câmara/Divulgação

São Paulo – A criação de uma frente parlamentar contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), nessa quarta-feira (12/4), causou atrito entre vereadores da capital paulista de partidos aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O presidente da Câmara, Milton Leite (foto em destaque), do União Brasil, discutiu com vereadores do Republicanos durante a votação da criação da frente, e prometeu que não fará mais acordos com a bancada que representa o governador na cidade.

A criação da frente era uma proposta de vereadores do PSB e do PSol e a aprovação do projeto havia sido decidida em um acordo prévio, ocorrido na terça (11/4), em reunião do líderes dos partidos. A privatização da Sabesp é uma das principais bandeiras de Tarcísio.

A Câmara Municipal tem realizado apenas uma sessão plenária por semana porque tem dedicado os demais dias para as discussões da revisão do Plano Diretor da cidade.

Por isso, Milton Leite havia reservado a quarta-feira para a aprovação apenas de projetos de vereadores que tivessem consenso entre os demais parlamentares.

O acordo foi que todos os projetos em pauta seriam aprovados “por aclamação”, que é quando eles são lidos no plenário e aprovados simbolicamente, sem votação nominal.

Caso alguma bancada tivesse ressalvas a algum dos projetos, ela deveria se manifestar previamente na reunião dos líderes, e o texto seria retirado da pauta para ser votado futuramente, quando houvesse mais tempo para discussões.

Votação tumultuada

O Republicanos não havia feito nenhuma manifestação contrária à criação da frente contra a privatização da Sabesp na reunião de líderes, e o texto foi colocado em votação.

Mas na hora da aclamação, o vereador Sansão Pereira (Republicanos) pediu a votação nominal – quando cada vereador registra seu voto no sistema de votações ou pelo microfone do plenário.

A medida provocou uma reação imediata da oposição. “Tínhamos acordo, presidente”, disse a vereadora Luana Alves (PSol), dirigindo-se ao presidente da Câmara.

Milton Leite concordou de imediato, e passou a criticar os vereadores dos Republicanos. Sansão chegou a negar a existência do acordo, o que deixou Leite visivelmente irritado.

Não há nenhum problema”, disse Leite. “Votarei nominalmente todos os projetos da bancada do Republicanos porque eles descumpriram o acordo. Poderiam ter se manifestado no colégio de líderes. Não o fizeram”, afirmou. 

Na hora da votação, Leite e vereadores do União e de partidos como o MDB votaram com a bancada de oposição pela criação da frente parlamentar contra a privatização da Sabesp. Os vereadores do Republicanos votaram contra.

O restante da Câmara ficou dividido e muitos dos vereadores deixaram de votar. No fim, o projeto teve 21 votos a favor e 10 contra. Como precisava alcançar ao menos 28 votos favoráveis, a frente parlamentar não foi aprovada.

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