Prisão de suspeita em aeroporto foi para “forçar delação”, diz defesa

Defesa de Carolina Pennachiotti, acusada por esquema de troca de etiquetas para despachar drogas no aeroporto de Guarulhos critica 2ª prisão

atualizado 25/07/2023 15:41

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Reprodução colorida de imagems do Aeroporto de Guarulhos com Tamiris Zacharias, funcionária da Gol que usa camisa branca e máscara, e Carolina Pennachiotti, da empresa WFS Orbital, de vermelho, no saguão do aeroporto de Guaruhlos - metrópoles Reprodução/TV Globo

São Paulo — A defesa de Carolina Pennachiotti, de 35 anos, presa sob suspeita de integrar um suposto esquema de tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, afirmou que o pedido de prisão feito pela Polícia Federal (PF) “busca forçar uma delação premiada” de sua cliente.

Ex-prestadora de serviços que trabalhava no aeroporto, Carolina (de camiseta vermelha na foto em destaque) foi presa pela segunda vez na semana passada, junto com outros 16 suspeitos de participarem do esquema de troca de etiquetas de malas para o envio de cocaína para a Europa. Ela tinha deixado a cadeia em abril, após ser detida na primeira operação da PF contra o tráfico dentro do aeroporto.

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Imagens de elevador mostram as goianas saindo de casa com uma bagagem preta

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa

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Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens

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Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala

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Ele chama o cúmplice, que vai até o local

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Um dos integrantes da quadrilha tira foto dos dados

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A mala fica na esteira sob vigilância dos bandidos

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Em seguida, eles aparentam fazer uma ligação

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Na entrada do aeroporto, outras duas mulheres integrantes da quadrilha chegam com outras malas

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Uma funcionária do guichê acena para elas e coloca as malas nas esteiras

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Três minutos após o suposto atendimento, as mulheres saem do aeroporto

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As novas malas contêm 20 kg de cocaína em cada e vão para esteira na área interna

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Os funcionários procuram as malas

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Ao recolher, eles fazem a troca da etiqueta

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Vídeo mostra os criminosos se escondendo em ponto cego para efetuar troca

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Segundo a defesa dela, que nega envolvimento nos crimes, o segundo pedido de prisão da PF foi feito apenas 21 dias depois da soltura de sua cliente, em maio.

“Fomos surpreendidos com a nova decretação da prisão de Carolina Helena Pennacchiotti, especialmente quando nenhum fato novo ocorreu desde a sua libertação, que autorizasse a prisão cautelar”, afirmou a defesa da acusada, em nota.

Segundo a defesa, “a alegação de que sua soltura representa uma enorme injustiça do ponto de vista criminal não se sustenta, uma vez que a própria Justiça já havia revogado sua prisão”.

“A prisão está sendo usada justamente para forçar uma delação e não obtê-la de forma voluntária. Uma grande distorção do instituto da delação premiada”.

Conversas de Carolina

Em relação aos áudios atribuídos a Carolina, nos quais ela conversa com sua mãe sobre o esquema, a defesa disse que as trocas de mensagens foram retiradas de contexto. O material foi divulgado pela TV Globo.

Nos áudios, a prestadora de serviços contratada pela empresa WFS Orbital usava códigos para tratar sobre o esquema ilícito, segundo a PF. Em um deles, ela teria citado Tamiris Zacharias, funcionária da Gol Linhas Aéreas, de 31 anos, também acusada de integrar a quadrilha.

“Eu tô aqui fora, esperando a Tamiris mandar a ‘bola’. Eu tô com fome, mãe. Eu vou demorar mais uns 40 minutos, uma hora, no máximo”, diz Carolina. Segundo a (PF), “mandar a bola” significa despachar a cocaína na mala.

Outro áudio revela como seria o recebimento pelo serviço realizado. “Eu tenho que pegar ‘500 conto meu’ e ‘500 da Tamiris’, de um ‘café’ que a gente ganhou. Tenho que ir atrás da minha moeda, mãe.”

“Café” seria um adiantamento pelo crime cometido, dizem as autoridades. Um vídeo também publicado pela reportagem mostra uma mulher – que seria Carolina – segurando diversas notas de R$ 100.

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