São Paulo — O preparador físico peruano Sebastian Avellino Vargas, que imitou um macaco diante da torcida do Corinthians há dez anos, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça paulista nessa quinta-feira (20/7). Ele vai responder ao proceso criminal por racismo em liberdade.
Na decisão em que determinou a soltura do profissional do time do time Universitário-PER, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 29ª Vara Criminal da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), tornando o preparador físico réu.
Sebastian estava detido desde o último dia 11, quando foi preso em flagrante na Neo Química Arena por imitar um macaco diante da torcida do Corinthians durante partida válida pela Copa Sul-Americana.
Na decisão, o juiz ressalta a “gravidade dos fatos apurados”, classificados por ele como “desprezível” e “lamentável”, mas afirma que “ordenamento jurídico” estabelece “a prisão como medida última e excepcional”.
O juiz citou ainda que o réu é primário e “possuidor de bons antecedentes” e não há elementos para “evidenciar que o mesmo represente um efetivo e concreto risco à preservação da garantia da ordem pública”.
Ofensas durante aquecimento
As ofensas teriam acontecido durante o aquecimento do time do Peru, já perto do segundo tempo de jogo. Sebastião Vargas foi levado pela Polícia Militar até a delegacia da Neo Química Arena, assim como torcedores do clube, na condição de testemunhas.
Dentro de campo, o Corinthians venceu a partida por 1 a 0 e se classificou nesta semana derrotando novamente o adversário no Peru.
