O número de mortes provocadas pelas chuvas pode aumentar em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. O alerta foi feito na tarde deste domingo (19/2) pelo prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB). Pela manhã, ele havia decretado estado de calamidade no município.
A primeira morte na cidade foi confirmada pela administração municipal (em Ubatuba, no litoral paulista, uma criança também faleceu). As circunstâncias ainda não foram esclarecidas, mas, de acordo com a prefeitura local, se trata de Fabiana de Freitas Sá, de 40 anos.
Ela era coordenadora do Programa Criança Feliz, um projeto do governo federal, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES) de São Paulo.
Fabiana residia na Estrada da Maquinha, em Boiçucanga, um dos bairros mais atingidos pelos temporais. A região que abrange as praias de Barra do Una, Juquehy e Cambury também foi fortemente castigada.
Moradores de São Sebastião, que fica a 197 quilômetros de São Paulo, permanecem isolados por causa de alagamentos de deslizamentos de terra. Até o momento, há informações de ao menos 30 feridos, dos quais dez estão em estado grave. A estimativa inicial é que cerca de cem pessoas ficaram desabrigadas.
Os volumes de chuva registrados pelos pluviômetros automáticos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) foram excepcionais e recordes para a cidade, de acordo com o prefeito Felipe Agusto.
Em Barra do Una, Juquehy, Cambury e Boiçucanga as chuvas superaram 400 milímetros durante a madrugada, em um período de quatro horas. Há estações em que os volumes ultrapassaram 600 milímetros em 24 horas.