Preços altos e atrasos: cemitérios privatizados estreiam com queixas

Menos de duas semanas após a concessão dos cemitérios de São Paulo para empresas privadas, serviços funerários são alvo de reclamações

atualizado 19/03/2023 9:02

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Imagem de uma mulher de paletó preto e saia rosa carregando flores em um cemitério com covas abertas e lápides brancas - Metrópoles

São Paulo – O início do período de concessão dos cemitérios da capital paulista está sendo marcado por reclamações e cobranças de preços mais altos. As concessionárias assumiram as operações dos 22 cemitérios e do crematório há menos de duas semanas, no dia 7 de março.

Nesse período, foram relatadas falta de carros e demora para retirada de corpos. Também existem queixas de que as empresas oferecem apenas os serviços mais caros e não informam adequadamente sobre o direito à gratuidade e a opção do velório social.

Após a concessão dos cemitérios, o Serviço Funerário do Município, autarquia da Prefeitura de São Paulo, ficou responsável por monitorar, até janeiro de 2024, a atuação dos quatro grupos que venceram a concorrência: Consolare, Cortel, Grupo Maya e Velar.

Problemas

“Desde a concessão dos serviços funerários e cemiteriais, o Serviço Funerário do Município e a SP Regula detectaram problemas muito pontuais devido à instabilidade sistêmica, mas que já foram resolvidos pelas concessionárias”, afirma o órgão, em nota ao Metrópoles.

De acordo com a gestão municipal, o não cumprimento pelas concessionárias das cláusulas contratuais pode afetar diretamente no repasse da outorga. “As empresas estão unindo esforços para ajustar possíveis problemas e minimizar o tempo de contratação”, diz a autarquia.

Os serviços prestados por cemitérios já eram alvo de reclamações mesmo antes das empresas assumirem a gestão dos locais. As queixas recorrentes sobre o atendimento foram, inclusive, um dos argumentos usados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) para passar os cemitérios municipais para o controle privado.

“Toda a Prefeitura está envolvida para que possamos oferecer um serviço de qualidade para a cidade, para fazer com que quem perde um ente querido deixe de ter um abalo por causa de mau atendimento, para evitar situações que observamos durante muito tempo no passado de corrupção”, disse Nunes, em coletiva de imprensa realizada há duas semanas.

Preço mais caros

O valor da cessão por tempo indeterminado do metro quadrado encareceu em todos os cemitérios após a concessão, em comparação com uma tabela de preços divulgada pela Prefeitura no ano passado.

Antes da concessão, o metro quadrado nos cemitérios Araçá, Consolação, Lapa, Quarta Parada e Vila Mariana, por exemplo, custava R$ 4,9 mil. Agora, pela tabela atual de preços, o custou em alguns desses cemitérios subiu para R$ 7 mil.

Já o valor da cessão por tempo indeterminado da gaveta teve um aumento de 6,6% após a concessão, de R$ 884 para R$ 943.

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