São Paulo – Ao menos outros dois torcedores do Corinthians foram eletrocutados, na noite da última terça-feira (26/9), após encostarem no mesmo poste em que o adolescente Rafael Suman Brozeli, de 16 anos, sofreu descarga elétrica e morreu.
Um vídeo feito por um torcedor (assista abaixo) mostra pessoas desesperadas com a situação das vítimas.
“Mano, o moleque tá morrendo”, grita o torcedor que fez o registro. Ele também alerta as pessoas no sentido de não encostarem em uma estrutura metálica, para que elas não sejam eletrocutadas.
As três vítimas são socorridas enquanto estão caídas na Rua Doutor Luiz Ayres, perto de uma das saídas da Neoquímica Arena, onde instantes antes assistiram ao primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana.
Bombeiros civis, assim como uma médica que passava pelo local, fazem massagens cardíacas em duas das vítimas, de acordo com as imagens.
As testemunhas reclamam da demora na chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e sugerem que agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) levem as vítimas na caçamba de uma caminhonete.
O atendimento de emergência só chega cerca de 45 minutos após os choques elétricos, como foi mostrado pelo Metrópoles.
Rafael foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento de Itaquera e, em seguida, transferido para o Hospital Planalto, mas morreu assim que chegou ao local.
Uma das outras duas vítimas também foi levada até a UPA. A reportagem não conseguiu confirmar para qual hospital a outra pessoa eletrocutada foi encaminhada. Não há informações sobre o estado das vítimas.
O caso de Rafael é investigado pela Polícia Civil como morte suspeita. O Metróples solicitou entrevista com a delegada responsável pelo caso, mas não havia recebido retorno até a publicação desta reportagem.
Enel, prefeitura e CET
Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informou que o acidente não envolveu a rede elétrica da distribuidora. “No local do acidente, existem postes de iluminação pública que não pertencem à companhia”, diz o texto.
A Prefeitura de São Paulo, por meio de nota, afirmou que a SP Regula e a Concessionária Ilumina SP, responsáveis pelo poste, “lamentam profundamente o ocorrido”, acrescentando que ambas as instituições “colaboram com a Polícia Civil na apuração dos fatos.”
A Secretaria Municipal da Saúde não havia dado detalhes sobre o estado de saúde das outras vítimas, assim como sobre a demora das ambulâncias do Samu, até a publicação desta reportagem.
A CET foi procurada para informar quais vias foram bloqueadas para o atendimento das vítimas, mas também não se manifestou.
