Tiro que matou homem em agenda de Tarcísio partiu de PM, diz inquérito

Ministério Público afirma que homem morto durante evento de campanha de Tarcísio em Paraisópolis levou tiro de fuzil que partiu de policial

atualizado 24/01/2023 13:50

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BodyCam Reprodução

São Paulo – Foi do fuzil calibre 5.56 do tenente da Polícia Militar Ronald Quintino Correia Camacho que partiu o tiro que matou Felipe Silva de Lima, de 27 anos, em Paraisópolis, na zona sul da capital, durante agenda de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), então candidato em São Paulo, em outubro de 2022.

A conclusão consta de relatório do Ministério Público de São Paulo (MPSP), obtido pelo Metrópoles, em que a promotoria solicita o arquivamento das investigações. O pedido foi aceito pela Justiça na quinta-feira (19/1), por concordar que a morte teria sido resultado de ação de legítima defesa do PM.

Segundo a investigação, o autor do disparo foi identificado por meio das imagens das câmeras corporais, instaladas na farda dos PMs, e de exames da perícia.

“As imagens captaram o momento em que o policial Ronald efetua um único disparo de fuzil que atinge Felipe”, escreveu o promotor Fabio Tosta Honer, responsável pelo pedido de arquivamento.

Para o promotor, os PMs foram agredidos primeiro e participaram de confronto. “O policial militar Ronald e os demais policiais usaram os meios necessários para repelir atual e injusta agressão, sem incorrer em excesso, tendo em vista que agiram dentro dos rígidos limites da lei”, escreveu.

O caso

O caso aconteceu no dia 17 de outubro de 2022. Na ocasião, Tarcísio estava na disputa eleitoral pelo governo de São Paulo e iria participar da inauguração de um Centro Universitário em Paraisópolis. Ele era escoltado pela sua equipe de segurança e por policiais militares à paisana.

Segundo a investigação, uma viatura descaracterizada do 16º Batalhão da PM ficou estacionada em frente ao local. Outra viatura, do Comando da Polícia Militar, parou no estacionamento ao lado do evento.

Às 11h04, dois homens em uma motocicleta XRE 300 desceram a rua devagar, sem capacete, e passaram a filmar a viatura e os policiais, de acordo com o relatório. Um dos suspeitos teria um “volume na cintura”.

PM estava no apoio

Os PMs teriam deixado o local e solicitado apoio. “Nesse ínterim, (…) ouviram diversos disparos de arma de fogo, primeiro uma rajada, seguida de diversos tiros intermitentes, aparentando disparados por arma do tipo fuzil”, relata o documento.

“Poucos minutos depois, chegou o apoio de policiais militares da área, da equipe do tenente Ronald”, afirma a promotoria. “Os policiais militares avançaram, repelindo os indivíduos, sendo que o tenente Ronald chegou a efetuar um disparo com o fuzil que portava.”

O tiro acertou Felipe, que conduzia a moto, no peito. Com o suspeito, os policiais afirmam ter encontrado um coldre para arma de fogo, um celular e um carregador, calibre 9 mm, com oito cartuchos íntegros.

Aos investigadores, os PMs relataram que os indivíduos não “fizeram menção ao então candidato Tarcísio de Freitas ou a partido político” e que “não houve a participação no confronto de pessoas que faziam parte da organização do evento ou da equipe do candidato”.

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