Escolhas de Tarcísio o afastam de igreja que controla seu partido

Escolhas de Tarcísio para secretariado e liderança do governo na Alesp afastam governador da Igreja Universal, que controla o Republicanos

atualizado 19/01/2023 12:15

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Tarcísio de Freitas Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – Seja na definição do secretariado, seja na representação do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), as escolhas de Tarcísio de Freitas desagradaram a cúpula do Republicanos e afastaram ainda mais o governador da Igreja Universal, que controla o seu partido.

Nenhum dos três secretários nomeados por Tarcísio que são filiados ao Republicanos — Helena Reis (Esportes), Roberto Lucena (Turismo) e Sonaira Fernandes (Mulher) — é ligado à Universal ou foi diretamente indicado pelo deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do partido e bispo licenciado da igreja.

O desprestígio do grupo político ligado ao bispo Edir Macedo, líder da Universal, ficou ainda mais evidente na última sexta-feira (13/1), quando Tarcísio indicou o deputado Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como “Xerife do Consumidor”, para ser líder do seu governo na Alesp.

Jorge Wilson é apontado como sucessor político do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), não pertence à igreja, e acabou ficando com o posto de líder do governo na Alesp que era cobiçado pelo deputado correligionário Gilmaci Santos, este sim pastor da Universal.

A ala evangélica do partido, que é majoritária, ficou inconformada com a escolha de Tarcísio, sem qualquer negociação com a bancada de deputados estaduais e com a cúpula da legenda presidida por Marcos Pereira. Alguns parlamentares ficaram sabendo da opção pelo “Xerife do Consumidor” pela imprensa, nesta semana.

Esta foi a segunda derrota do grupo apenas na Alesp. Antes de reivindicar a liderença do governo, Gilmaci Santos pleiteava a presidência da Casa, mas Tarcísio fez um acordo com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, logo após a eleição, para apoiar o deputado André do Prado (PL) para o comando do Legislativo.

Dentro do Republicanos, as escolhas de Tarcísio foram interpretadas como mais um sinal de que o governador de São Paulo não deve permanecer muito tempo no partido pelo qual foi eleito e que investiu R$ 14 milhões em sua campanha.

O destino mais provável é o PSD de Gilberto Kassab, fiador da candidatura de Tarcísio e que virou homem forte da nova gestão ao ser nomeado secretário de Governo, pasta encarregada da articulação política na Alesp e que terá R$ 1,8 bilhão para repassar a prefeitos neste ano por meio de convênios.

Como o Metrópoles mostrou em outubro do ano passado, a rusga entre Tarcísio e o grupo político ligado à Igreja Universal vem desde a campanha eleitoral, a ponto de o então candidato a governador não ter feito nenhuma agenda nas dependências da igreja de Edir Macedo.

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