Comissão “fantasma” comandada por Leite causa novo atrito no PSDB

Opositores de Eduardo Leite no PSDB acusam o governador gaúcho de golpe por assumir presidência do partido sem registrar o ato em cartório

atualizado 26/03/2023 5:59

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São Paulo – O desgaste interno no PSDB ampliou após a oposição ao presidente nacional Eduardo Leite,  governador do Rio Grande do Sul, descobrir que a comissão executiva provisória que comanda o partido há quase dois meses ainda não foi registrada em cartório, contrariando norma obrigatória aos partidos políticos.

Leite assumiu a presidência interina do PSDB no início de fevereiro, após Bruno Araújo antecipar o fim do seu mandato. Desde então, o partido tem sido comandado por uma comissão provisória que se manterá até novembro, quando ocorre a convenção nacional dos tucanos e na qual o gaúcho poderá efetivamente ser eleito.

No entanto, mesmo a comissão provisória necessita de um registro em cartório, algo que ainda não foi feito pela atual direção tucana. A situação tem sido chamada de “golpe” pelos opositores, em especial a ala paulista que é próxima do ex-governador João Doria, adversário político de Leite e não mais filiado ao partido.

Procurada pela reportagem, a direção nacional do PSDB afirmou que está “em processo de registro”, sem fornecer mais detalhes. Aliados de Leite alegaram, no entanto, que o cartório exigiu assinaturas individuais de todos os membros da comissão anterior, o que tem atrasado o processo.

Paulistas contra Leite

As lideranças tucanas de São Paulo se incomodaram com a promessa de Leite de redistribuir o poder do partido após a derrota no estado pela primeira vez em quase 30 anos, com a candidatura do ex-governador Rodrigo Garcia.

Desde a criação do PSDB, os dirigentes paulistas tiveram o protagonismo interno, mas o cenário foi alterado a partir da vitória do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição de 2022.

Alguns, como o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando, têm tachado Leite de “golpista” após o presidente interino ter adiado, no início de fevereiro, as prévias de municípios com mais de 500 mil habitantes para o segundo semestre.

A medida foi divulgada um dia antes da realização das convenções, responsáveis por eleger o diretório e a executiva municipais – e posteriormente o diretório e executiva estaduais.

Em nota enviada na ocasião, Leite declarou que “o objetivo da executiva é ampliar o tempo para o debate democrático interno”.

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