São Paulo – Um caminhoneiro invadiu o Centro Administrativo da Polícia Militar, na zona norte paulistana, na manhã dessa terça-feira (28/2). Ele tomou a atitude extrema porque, juntamente com a esposa, era vítima de um roubo com retenção de vítima. Um criminoso ocupava o veículo.
Imagens de uma câmera de monitoramento (veja abaixo) mostram o Iveco branco virando em alta velocidade e entrando no prédio da PM. Assim que invadiu o local, a vítima desembarcou do veículo e gritou: “ladrão, ladrão”. Segundos depois, um dos criminosos apareceu no registro correndo. Ele foi perseguido por dois policiais.
A perseguição a pé durou por aproximadamente 170 metros, até a Rua Tibiriçá, quando o criminoso foi abordado e preso, na altura do número 27.
Em depoimento à polícia, a vítima afirmou que havia entregado uma carga de chapéus na Rua João Teodoro, no bairro Canindé, zona norte de São Paulo.
Em seguida, perto de um semáforo, o motorista e a esposa, que o acompanhava, foram abordados por dois bandidos, dos quais um estava armado. A dupla criminosa anunciou o sequestro e pegou R$ 500, que estavam sobre o painel do veículo. Somente um dos criminosos embarcou no veículo, indicando que as vítimas deveriam seguir suas ordens, até chegarem a um cativeiro.
O bandido, acrescentou a vítima à polícia, conversava o tempo todo ao celular. Quando ele pediu para o motorista acessar a Avenida Cruzeiro do Sul, onde fica a unidade da PM, o condutor decidiu virar bruscamente o caminhão e entrar no quartel.
Gilsom Feitosa de Lima, de 37 anos, foi preso em flagrante. A defesa dele não havia sido localizada até a publicação desta reportagem.
Bando especialista em roubo de carga
Após a prisão de Lima, um investigador do 12º DP afirmou aos PMs que o distrito investiga uma quadrilha especializada em rouboas de cargas, da qual o criminoso preso e seu comparsa, que fugiu, fariam parte.
O bando, de acordo com as investigações da Polícia Civil, atua majoritariamente na região do Brás, centro da cidade.
O 12º DP registrou alta nos roubos de carga, no primeiro mês deste ano, em relação a janeiro de 2022. Foram respectivamente 10 e 4 casos.
No ano passado, o distrito registrou 202 roubos de carga, alta de 40% em relação a 2019, ano que precedeu a pandemia da Covid-19, e aumento de 119% em relação a 2021.