Polícia prende “Gato Preto”, apontado como líder de sequestros por app

Ailton Oliveira dos Santos, de 42 anos, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de SP

atualizado 09/05/2023 13:07

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Gato Preto chefe sequestros Divulgação/Polícia Civil

São Paulo – A polícia prendeu nessa quarta-feira (22/2), na zona leste paulistana, Ailton Oliveira dos Santos, de 42 anos, apontado como líder de uma quadrilha especializada em sequestrar usuários de aplicativos de relacionamento.

Conhecido no mundo do crime como “Gato Preto”, ele e o seu bando atuavam em bairros da região norte da capital paulista, nos quais marcava falsos encontros com as vítimas, que eram raptadas e levadas para cativeiros, apontam investigações da Divisão Antissequestro.

Um vídeo, feito em julho do ano passado, mostra um homem chegando a uma residência com seu carro. Ele desembarca com o celular em uma das mãos e toca insistentemente o interfone da residência. Quando ele retorna e entra no veículo, é abordado e rendido por três criminosos – entre eles, Gato Preto – e levado para um cativeiro.

 

Na ocasião, os criminosos conseguiram roubar R$ 70.301 da vítima, de 43 anos. Foram transferidos R$ 20.301 via Pix e realizado um empréstimo de R$ 50 mil. O carro do raptado também foi roubado pelos bandidos.

As vítimas deste tipo de crime, segundo investigações da Antissequestro, são mantidas em cativeiros enquanto os criminosos realizam saques bancários, transferências via Pix, além de empréstimos.

Dependendo do perfil da pessoa raptada, contas são abertas em bancos digitais, nas quais são feitos mais empréstimos em nome da vítima – que pode permanecer nas mãos dos bandidos por até quatro dias. Na maioria dos casos, essas mesmas contas são usadas para a transferência de dinheiro de outros sequestros. Ou seja, as vítimas viram laranjas dos criminosos.

Prisão da “Gato Preto”

Por volta das 16h30 dessa quarta-feira, investigadores da 3ª Delegacia Antissequestro levantaram que Gato Preto estava na região do bairro Água Rasa, na zona leste paulistana.

Com uma mandado de prisão, expedido pela Justiça, os policiais localizaram e prenderam o foragido no cruzamento das ruas B e Torres da Barra.

Ele se recusou a dar detalhes sobre sua atuação no esquema criminoso. Nenhum advogado havia sido localizado até a publicação desta reportagem. O espaço segue à disposição.

Sequestros explodem 143% em 2022

Os crimes de extorsões mediante sequestro no Estado de São Paulo aumentaram 143,5% em 2022. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Ao todo, o Estado registrou um total de 56 ocorrências de extorsão mediante sequestro – o maior número em São Paulo dos últimos cinco anos. O Estado havia notificado 23 em 2021 e e 10 em 2020.

Para o Instituto Sou da Paz, referência em análises de segurança pública, o aumento expressivo, com mais do que o dobro de ocorrências, pode estar relacionado à maior circulação de pessoas após o período mais duro da Covid-19.

Os dados divulgados são referentes à gestão João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB). Em nota, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que “reforçou o compromisso em combater a criminalidade” e iniciou “trabalhos para reduzir os índices criminais que estão em alta”.

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