São Paulo – Um bolsonarista de 27 anos que protestava contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou gravemente ferido após furar o pneu de um caminhão em São Paulo na noite deste sábado (7/1).
O motorista do veículo atingido relatou à Polícia Militar ter visto um grupo de manifestantes bolsonaristas fechando a avenida Embaixador Macedo Soares, na zona oeste da capital paulista, por volta de 22h50. O caso foi divulgado pela Folha e confirmado pelo Metrópoles.
De acordo com o boletim de ocorrência, o caminhão – um veículo com trator e bitrem – foi cercado pelo grupo. Ainda segundo o relato do condutor, os manifestantes cortaram as mangueiras de rodoar, responsáveis pela calibragem dos pneus, provocando um tremor na cabine.
Ao ouvir um barulho de explosão, o motorista disse ter descido do veículo e constatado que um dos manifestantes furou o pneu dianteiro esquerdo com um canivete. A roda explodiu e feriu gravemente o homem, que foi encaminhado para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).
Procurado pelo Metrópoles, o HU da USP não retornou sobre o estado de saúde do manifestantes.
Relato de ameaças
À polícia, o motorista do caminhão disse que os manifestantes tomaram seu celular e o ameaçaram para que apagasse as filmagens que fez do ato.
O caso foi registrado como dano e explosão e será investigado pelo 91º Distrito Policial.
Em nota, a SSP afirmou que não há espaço para que manifestações se tornem “atos de vandalismo” e que as forças de segurança atuarão para manter a ordem.
“A SSP esclarece que o direito à livre manifestação não pode ser utilizado para cometer ações criminosas ou atos de vandalismo. Tais condutas não serão toleradas e os responsáveis punidos com o rigor da lei. As forças de segurança de São Paulo seguirão atuando para garantir as leis e os direitos de todos”, diz o texto.
Neste domingo (8/1), manifestantes bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em protesto pela vitória de Lula e derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
