PF investiga chefes em companhias aéreas por despacho de drogas do PCC

Metrópoles apurou que PF investiga ao menos seis funcionários de alto escalão de aéreas que ajudariam PCC no envio de cocaína ao exterior

atualizado 25/07/2023 11:07

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Imagem colorida de Carolina Pennacchioti uma das acusadas de participar da quadrilha de tráfico internacional de cocaína que atuava no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo - Metrópoles Reprodução/TV Globo

São Paulo — Funcionários de alto escalão de companhias aéreas são investigados pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de envolvimento com a quadrilha que atuava dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para despachar malas com drogas para a Europa.

O grupo criminoso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), é suspeito de colocar etiquetas de bagagens de passageiros comuns em malas carregadas de cocaína com destino ao exterior, para despistar a fiscalização. Na mais recente operação da PF, na semana passada, 17 pessoas acusadas de integrar a quadrilha foram presas.

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa
Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens
Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala
Ele chama o cúmplice, que vai até o local
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Imagens de elevador mostram as goianas saindo de casa com uma bagagem preta

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa

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Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens

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Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala

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Ele chama o cúmplice, que vai até o local

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Um dos integrantes da quadrilha tira foto dos dados

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A mala fica na esteira sob vigilância dos bandidos

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Em seguida, eles aparentam fazer uma ligação

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Na entrada do aeroporto, outras duas mulheres integrantes da quadrilha chegam com outras malas

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Uma funcionária do guichê acena para elas e coloca as malas nas esteiras

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Três minutos após o suposto atendimento, as mulheres saem do aeroporto

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As novas malas contêm 20 kg de cocaína em cada e vão para esteira na área interna

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Os funcionários procuram as malas

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Ao recolher, eles fazem a troca da etiqueta

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Vídeo mostra os criminosos se escondendo em ponto cego para efetuar troca

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O Metrópoles apurou que ao menos seis funcionários que ocupam cargos mais altos nas companhias aéreas, como gerentes, coordenadores e supervisores, são alvo da investigação. Eles ajudariam a quadrilha escalando os subordinados que integram o esquema quando fosse necessário e dificultando a fiscalização.

As investigações mostram que a quadrilha cooptava toda a cadeia de funcionários do terminal aéreo de Guarulhos e de companhias aéreas ligadas ao transporte das malas. Como mostrou o Metrópoles, funcionários da área restrita do maior aeroporto internacional do Brasil recebiam do PCC média de R$ 30 mil por cada bagagem recheada com cocaína despachada para a Europa. Isso equivale a mais de um ano de salário deles.

Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, exibido no último domingo (23/7), um dos líderes do esquema criminoso é Fernando Reis, o Brutus, acusado de planejar uma das ações de envio de droga para o exterior que acabou frustrada pela PF. Ele alega inocência.

Entre os presos, estão Carolina Pennachiotti, de 35 anos, contratada pela empresa WFS Orbital, que presta serviços no aeroporto, e Tamiris Zacharias, de 31, funcionária da Gol Linhas Aéreas. Elas seriam responsáveis por fazer check-in falso para que malas carregadas de cocaína conseguissem chegar à área restrita do aeroporto. Carolina nega as acusações. Já Tamiris teria confessado o crime, segundo a PF.

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Na área restrita do Aeroporto de Guarulhos, outros participantes do esquema ficavam responsáveis por retirar etiquetas de bagagens de passageiros comuns para colocá-las nas malas com drogas. Essa é a acusação contra os funcionários Deivid Souza Lima e Pedro Venâncio, que também foram detidos.

Em abril, na primeira fase da operação, foram presos sete funcionários do aeroporto envolvidos na troca de bagagens com esse método das etiquetas.

Brasileiras presas

O esquema ganhou repercussão quando veio à tona, em abril, o caso de duas passageiras de Goiânia (GO) que tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha, em 5 de março.

As malas de Jeanne Cristina Paolini Pinho e Kátyna Baía foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas com seus nomes foram colocadas em malas carregadas de drogas dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Cada bagagem tinha cerca de 20 quilos de cocaína. As malas originais das passageiras nunca foram encontradas.

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