PCC: esposa diz que Marcola tem “passado fome” na prisão federal

Marcola, apontado como líder do PCC, teria perdido 20 quilos e estaria com "problemas de saúde mental", segundo mulher do criminoso

atualizado 05/09/2023 8:28

Compartilhar notícia
Foto colorida de Marcola, líder do PCC Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo – Cynthia Giglioli Herbas Camacho, a mulher de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC), acusa a Penitenciária Federal de Brasília de fornecer “comida estragada” e de submetê-lo a suposta “situação desumana”. Ele está na unidade desde janeiro.

Por meio de nota divulgada pelo seu advogado, Bruno Ferullo, a mulher de Marcola também afirma que os recentes problemas de saúde do criminoso estariam relacionados com a rotina na cadeia de segurança máxima no Distrito Federal. O líder do PCC foi transferido para lá após a descoberta de um plano de fuga na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).

Segundo a mulher, Marcola reclama semanalmente que “tem passado fome” em Brasília, já perdeu cerca de 20 quilos e “não recuperou [o peso] até hoje”. “Quando a comida não chega estragada, é escassa e de má qualidade, ocasionando por diversas vezes infecção intestinal nos presos”, diz. “Quase todos os presos que lá estão (…) relataram situações em que passavam fome ou adoeciam.”

“Cynthia assevera que por muito tempo se manteve quieta, longe de toda a imprensa, com medo de possíveis represálias pelo Estado, temendo não somente pela sua integridade física, mas também pela do seu marido. Entretanto, em razão de não aguentar mais a circunstância à qual estão submetendo Marco, decidiu falar”, diz o comunicado.

8 imagens
1 de 8

Ao menos 90 policiais foram mobilizados para a escolta do preso

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 8

Líder máximo da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) chegou ao hospital na manhã desta sexta-feira (4/8)

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 8

Equipes de policiais contaram com integrantes de diferentes corporações e grupamentos

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 8

Marcola está detido na Penitenciária Federal de Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 8

Detento passou por exames de rotina

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 8

Marcola está na penitenciária federal de Brasília desde janeiro de 2023

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 8

Equipes usaram helicóptero para transportá-lo da penitenciária ao hospital

Vinicius Schmidt/Metrópoles
8 de 8

Agente do Gaep usa um dos fuzis IMBEL 7,62 Parafal durante transferência de Marcola para Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles

Problemas de saúde

Em agosto, Marcola foi levado de helicóptero para fazer exames médicos em um hospital público do Distrito Federal, com algemas e sob escolta de 90 policiais fortemente armados. Ele foi diagnosticado com gastrite enantematosa, tipo de inflamação que afeta a mucosa que recobre o estômago.

“Nós familiares não queremos que sirvam lagosta, e sim, apenas uma comida possível de ser comer”, diz. “Entendemos que tem diversas pessoas no mundo passando fome, o Estado está fornecendo comida, ainda que pouca, e de fome ele não vai morrer! Mas a verdade é que o dinheiro é do Estado e tem que ser fiscalizado. Nesse caso, para onde vai o dinheiro que seria destinado aos custodiados pelo Estado?!”.

No comunicado, a mulher afirma que estariam “submetendo Marco a um método de tortura pelo resto da vida” e que estaria “extremamente preocupada com o estado da saúde mental do seu marido”. Ele estaria em uma cela ao lado de três presos de quem, “por questões de foro íntimo”, teria preferido se afastar.

“Marco nunca sai da cela para o banho de sol, apenas para visita, que ocorre uma vez por semana”, diz. “A unidade o isolou como se estivesse em um pavilhão inteiro só para ele, vivendo em completa solidão”.

Ainda segundo o comunicado, a mulher “tem percebido que seu marido vem sempre muito pálido, com as mãos bem trêmulas, que só vão passando após 1 hora de visita”. A visita acontece no parlatório, sem contato físico.

Em nota ao Metrópoles, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) não comentou o caso específico de Marcola, mas informou que os presos custodiados no sistema penitenciário federal têm a assistência material que, dentre outros, “prevê o fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas “.

Além disso, diz a nota, as regras mínimas para tratamento de presos preconiza que “todo preso deve receber da administração, em horas determinadas, uma alimentação de boa qualidade, bem preparada, com valor nutritivo adequado à saúde e à robustez física”.

Por fim, a Senappen esclareceu que as penitenciárias federais celebram contratos com empresas especializadas na preparação e fornecimento de refeições, “elaboradas com base em parecer nutricional e considerando as necessidades calóricas diárias para um homem médio de 2000 a 2500 kcal/dia”.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile