São Paulo – O médico Perseu Ribeiro Almeida visitava o Rio de Janeiro pela primeira vez quando foi alvo dos disparos feitos por criminosos em um quiosque da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, na madrugada desta quinta-feira (5/10).
Em entrevista ao Metrópoles, a irmã de Perseu, Laís Ribeiro Almeida, afirmou que ele morava na cidade de Jequié, no interior da Bahia, e que “sempre foi uma pessoa correta”.
“Ele era um irmão maravilhoso, um pai maravilhoso e um médico exemplar”, diz Laís. “Infelizmente, ele estava no lugar errado, na hora errada”, afirma.
Perseu era casado e pai de duas crianças, com 11 e três anos de idade. Dois dias antes do crime, ele completou 33 anos.
Laís diz que o irmão era dedicado à família e à profissão. “Ele sempre se dedicou muito à carreira dele de médico. Sempre buscou estudar e fazer tudo com muita excelência”, afirma ela.
O médico estava no Rio de Janeiro para participar de um congresso de ortopedia, área em que se especializou.
Nesta quinta, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde Perseu foi residente, lamentou a morte do profissional.
Também lamentaram o caso o Hospital Geral Prado Valadares, o Hospital e Clínica de São Roque e o Hospital Geral de Ipiaú, onde o médico trabalhou.
A prefeitura de Ipiaú, no interior baiano, emitiu uma nota com condolências à família, amigos e colegas.
“O Dr. Perseu dedicou os últimos 5 meses de sua vida ao Hospital Geral de Ipiaú, onde atendia com dedicação e comprometimento os cidadãos de Ipiaú e da região. Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e colegas”, diz o texto.
Execução
Perseu e outros três médicos estavam em um quiosque em frente ao hotel onde aconteceria o congresso quando foram surpreendidos pelos criminosos.
Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que um grupo saiu de um carro e atirou contra os médicos (veja abaixo). Nada foi levado das vítimas. Perseu morreu na hora.
Emocionada, Laís diz que espera que a justiça seja feita e que os autores do assassinato sejam encontrados. “Mas isso não trará o meu irmão de volta”, afirma ela.
Um dos médicos que estava no momento do ataque sobreviveu à tentativa de homicídio e está internado. A Polícia Civil investiga o caso e a Polícia Federal acompanha as apurações.
Entre as vítimas da execução está o irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSol), Diego Ralf Bonfim.
