Operação mira quadrilha que usa criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico

Alvos de operação da Receita e da Polícia Civil em SP foram responsáveis pela circulação de R$ 500 milhões por meio de empresas de fachada

atualizado 02/08/2023 17:08

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Caixa de municão, armas e notas dinheiros sobre uma mesa - Metrópoles Divulgação/Receita Federal

São Paulo — A Receita Federal e a Polícia Civil de São Paulo realizam nesta quarta-feira (2/8) a segunda fase da Operação Fractal, que busca desarticular a atuação de agentes financeiros em um esquema milionário de dinheiro ilícito enviado para fora do país por meio de transações com criptomoedas. O dinheiro movimentado pela quadrilha, segundo as investigações, serve aos interesses de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e ao contrabando de produtos importados.

As investigações indicam que os operadores do esquema usavam exchanges, empresas habilitadas a fazer negociações com criptomoedas, para mandar o dinheiro para fora do país e, assim, lavar o dinheiro do tráfico e de outras ações criminosas.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital e em Guarulhos. Os agentes encontraram aproximadamente 315 mil reais, 41 mil dólares e 14 mil euros; nove armas de fogo de calibres diversos e munições; Diversos celulares, computadores, tablets, notebooks, pen drives, tokens bancários, carimbos, máquinas de cartão, documentos aparentemente falsos e farta documentação relacionada com os fatos.

Uma pessoa foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

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Segunda fase da Operação Fractal

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Apreensão da segunda fase da Operação Fractal

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Segunda fase da Operação Fractal

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Segunda fase da Operação Fractal

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Segundo a Receita, os operadores financeiros alvos dessa fase movimentaram quase R$ 500 milhões por meio de contas bancárias de duas empresas de fachada. Os valores depositados eram repassados a outras contas para dificultar o rastreamento. O destino final do dinheiro era o exterior.

De acordo com as autoridades, o dinheiro tinha origem ilegal e servia aos interesses do crime organizado, como facções ligadas ao tráfico de drogas e contrabandistas de produtos importados.

Os valores sonegados nas transações ultrapassam os R$ 100 milhões, segundo estimativa da Receita Federal.

A primeira fase da operação foi deflagrada em outubro de 2022 e teve como alvos contribuintes que criavam e administravam formalmente as empresas de fachada, chamados de “operadores formais”.

A fase iniciada nesta quarta-feira visa as pessoas que possuem acesso às contas bancárias, fazem o dinheiro circular entre as várias empresas e são a principal interface com os “verdadeiros clientes do esquema”, diz a Receita.

O nome da operação está relacionado à forma de atuação da organização. Até ser remetido para fora do país, o dinheiro passava por dezenas de empresas inidôneas, estruturadas em níveis que se assemelham a um fractal.

Participam das buscas 25 policiais civis da Divisão de Crimes contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e 16 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal.

 

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