São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse, nesta quinta-feira (16/11), que pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da Enel, empresa italiana que distribui energia à Grande São Paulo. O pedido ocorreu, segundo o prefeito, em uma reunião com a direção da agência, outros prefeitos e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na última segunda (13/11), no Palácio dos Bandeirantes.
“A minha exposição, e de outros tantos prefeitos lá, foi pedir (dizer) que a Enel não tem mais condições de permanecer aqui em São Paulo”, disse Nunes. “É inaceitável a gente ter uma empresa como a Enel na cidade, que não tem um pingo de respeito com a população e que deixou as pessoas sem energia.”
Nunes disse que não fez formalmente, por escrito, o pedido de cancelamento, porque havia sido informado pela Aneel que a agência iria fiscalizar a empresa. A Prefeitura enviou, na semana passada, um pedido para que a empresa fosse punida – mas sem citar o cancelamento.
“Todos os diretores, cada um falou pessoalmente, [disseram] que seria muito rígido em relação ao comportamento da Aneel contra a Enel. Então, o pedido de formalização com relação a uma ação rígida já foi formalizado”, disse Nunes.
Plano de contingência
A Prefeitura ingressou uma ação na Justiça cobrando da Enel a apresentação de um plano de contingência para evitar apagões como os que aconteceram na semana passada, quando 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia na Grande São Paulo, algumas delas por mais de cinco dias.
Nunes também enviou uma notificação ao Procon para que os cidadãos afetados sejam indenizados.
A Prefeitura tem procurado, porém, destacar que a responsabilidade pela fiscalização das ações da Enel é da Aneel, que é uma entidade ligada ao governo federal, sem interferência da administração municipal.
