São Paulo — O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), admitiu, nesta quarta-feira (16/8), que os vereadores podem alterar seu projeto de lei e aumentar o número de imóveis da região da Cracolândia, no centro de São Paulo, que terão direito à isenção de IPTU por dois anos. O projeto será discutido nesta tarde na Câmara Municipal.
“Pode ter a ampliação. Só precisam elaborar os critérios para isso. Nós mandamos o projeto com critério muito bem definido, muito bem parametrizado”, disse o prefeito.
Nunes afirmou que a proposta da Prefeitura foi feita com base nas medições diárias da administração sobre o tamanho do “fluxo” da Cracolândia, como é chamado o local de concentração de usuários de drogas.
Após analisar o comportamento dos dependentes químicos, segundo Nunes, a Prefeitura decidiu propor a isenção de IPTU a 947 imóveis.
O projeto, da forma como foi levado ao Legislativo, prevê uma renúncia de receita com IPTU de R$ 4,5 milhões neste ano e o mesmo valor em 2024.
Comerciantes de ruas que ficaram de fora da área definida no projeto e empresários das lojas da Rua Santa Ifigênia, ponto de comércio de eletrônicos famoso em todo o país e que fica ao lado da Cracolândia, passaram a pressionar vereadores para que seus imóveis fossem incluídos no projeto.
Nesta quarta, durante a inauguração de um equipamento de Cultura no Ipiranga, na zona sul, Nunes afirmou que três pessoas foram presas na noite de terça-feira (15/8) e que as operações contra o tráfico de drogas irão persistir.
“Nós precisamos vencer essa Cracolândia. São 30 anos. Acho que chegou a hora de todos nós dizermos ‘chega, parou’. Não dá mais, a gente precisa resolver aquilo”, afirmou.
