MTST acusa GCM de impedir distribuição de marmitas a moradores de rua

Movimento Cozinha Solidária, do MTST, afirma que a GCM da gestão do prefeito Ricardo Nunes impede a entrega de marmitas na Praça da Sé

atualizado 04/05/2023 19:08

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MTST MTST/Divulgação

São Paulo — O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) acusa a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo de impedir que a organização Cozinha Solidária, ligada ao grupo, distribua marmitas para moradores de rua na Praça da Sé, no centro da capital paulista.

O MTST diz que avalia acionar a Justiça contra a medida que teria começado a ser adotada há dois dias pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

De acordo com Ana Paula Ribeiro, coordenadora nacional do MTST, os voluntários que entregam alimentos aos moradores de rua que estavam na Praça da Sé nesta quinta-feira (4/5) se recusaram a cumprir as ordens dos GCMS e distribuíram cerca de 500 marmitas na região.

“Eles dizem que estão fazendo uma ‘revitalização’ da praça. Mas o que estão fazendo é uma higienização, retirando as pessoas de lá”, afirma a coordenadora.

Na quarta-feira (3/5), além de também impedir a entrega dos alimentos, guardas-civis seguiram os voluntários até a sede da Cozinha Solidária, na Rua Venceslau Brás, também na Sé, ainda segundo a coordenadora do MTST.

“Eles pediram reforço da Polícia Militar e também da Vigilância Sanitária”, diz Ana Paula..

A Cozinha Solidária afirma entregar cerca de 500 marmitas todos os dias para os moradores de rua que ficam na região da Praça da Sé.

O movimento argumenta que a tentativa de impedir a distribuição de marmitas seria para evitar que as pessoas continuem tendo na Sé um local onde possam encontrar alimentação e passem a buscar outros lugares para ficar.

A gestão Nunes vem fazendo uma série de ações de zeladoria na Praça da Sé desde o mês passado. A Subprefeitura da Sé instalou grades isolando os canteiros e os jardins da praça, que passaram por restauração, do fluxo de pessoas, sob o argumento de evitar ações de vandalismo.

Essa prática é questionada pela Defensoria Pública do Estado, que apresentou à Justiça uma ação civil pública pedindo o fim da prática.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que “houve uma inspeção sanitária da Unidade de Vigilância em Saúde da Sé em uma cozinha na Rua Venceslau Brás”, nesta quinta-feira (4/5), e que “não foram constatadas irregularidades higiênico-sanitárias, sendo realizada orientação técnica”.

Ainda segundo o texto, “a Guarda Civil Metropolitana acompanhou a fiscalização em apoio à Vigilância Sanitária” e “não houve envolvimento da gestão municipal com a distribuição de marmitas pelo MTST.”

O MTST tem como um dos coordenadores nacionais o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que faz oposição ao prefeito Ricardo Nunes e é pré-candidato à Prefeitura da capital nas eleições do ano que vem.

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