MPSP denuncia tesoureiro do PCC que monitorou a própria prisão em SP

Acusado de aturar como tesoureiro do PCC foi preso em flagrante em Santos, no litoral de SP, com armas ilegais e anotações do tráfico

atualizado 10/01/2024 18:34

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Foto colorida com homem de boné branco, segurando troféu, rodeado por outros homens - Metrópoles Reprodução/Instagram

São Paulo – O Ministério Público de Sao Paulo (MPSP) ofereceu denúncia, nesta quarta-feira (10/1), contra Renato da Costa Menezes, o Gordinho da Unidos, de 47 anos, que é acusado de atuar como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Gordinho da Unidos foi preso em flagrante na própria casa, em Santos, no litoral paulista, no dia 27 de dezembro. Policiais civis foram ao local para cumprir mandado de busca e apreensão, mas encontraram armamentos ilegais e utensílios usados no tráfico de drogas com o suposto tesoureiro do PCC.

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Suspeito acompanhou chegada da polícia por meio de sistema de monitoramento com câmeras
Suspeito de cuidar da tesouraria do PCC segura troféu de título conquistado por escola de samba
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Tesoureiro cuidava das finanças de escola de samba no litoral

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Suspeito acompanhou chegada da polícia por meio de sistema de monitoramento com câmeras

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Suspeito de cuidar da tesouraria do PCC segura troféu de título conquistado por escola de samba

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Na ocasião, ele acompanhou toda a movimentação policial, por meio de câmeras de segurança instaladas no imóvel, até o momento em que foi preso. Para detê-lo, os agentes montaram um cerco em volta da casa e tiveram que pular o muro.

A denúncia, obtida pelo Metrópoles, é assinada pelo promotor Daniel Azadinho Palmean Calderaro, do MPSP. Para a acusação, o preso deve responder pelos delitos de organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo.

“O denunciado integrou pessoalmente a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”, escreveu o promotor, na denúncia.

Tesoureiro do PCC

Segundo a investigação, Gordinho da Unidos teria assumido a responsabilidade de recolher o dinheiro movimentado nas biqueiras, como são chamados os pontos de venda de drogas dos morros de Santos.

Os documentos policiais dizem, ainda, que Gordinho da Unidos era “comumente visto ostentando arma de fogo com carregador prolongado, além de armas longas”.

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Polícia Civil encontrou armas e munições na casa de criminoso no litoral paulista
Além das armas, a polícia apreendeu munições
Policial manuseia uma das armas encontradas na casa do tesoureiro do PCC
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Itens apreendidos foram levados à delegacia

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Polícia Civil encontrou armas e munições na casa de criminoso no litoral paulista

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Além das armas, a polícia apreendeu munições

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Policial manuseia uma das armas encontradas na casa do tesoureiro do PCC

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Na casa dele, os agentes encontraram uma pistola Glock, calibre 9 milímetros, com carregador prolongado e a numeração raspada. Também havia uma espingarda calibre 12 e munições.

Além das armas, a polícia encontrou radiocomunicadores, balanças de precisão, documentos, anotações sobre o fluxo de vendas de droga na região, inclusive o sistema de vigilância da casa.

Segundo investigadores, o tráfico na cidade é dominado pelo PCC, organização criminosa brasileira que também monopoliza o envio bilionário de cocaína para a Europa, por via marítima, pelo porto de Santos.

Prisão

A investigação que levou à prisão do suposto tesoureiro do PCC foi feita pela 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes, da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Santos.

Antes de os policiais chegarem até a casa do tesoureiro, ele já havia percebido a movimentação dos agentes, devido ao sistema de monitoramento com câmeras que mantinha em sua residência. Ele foi avistado em uma janela acompanhando a chegada dos policiais.

Durante o cumprimento do mandado, policiais ouviram as conversas de membros do PCC, transmitidas em um radiocomunicador ligado na resistência da casa do tesoureiro. Os criminosos falavam justamente sobre a movimentação da polícia no morro naquele momento.

À polícia, Gordinho da Unidos alegou que havia encontrado os itens “enterrados” em um terreno onde ele “está construindo uma casa” em Itanhaém, também no litoral.

Em dezembro, a defesa de Gordinho da Unidos entrou com habeas corpus em que questionava a legalidade do cumprimento do mandado de busca e apreensão e alegava que os agentes apareceram na casa do suspeito às 5h, fora do horário permitido.

Para pedir a liberdade provisória de Gordinho da Unidos, o advogado também argumentou, no documento, que ele não apresenta antecedentes criminais, tem endereço fixo e pode comprovar emprego lícito. O pedido, no entanto, foi negado pelo plantão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

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