Mortes no trânsito de SP seguem em alta e atingem pior nível em 8 anos

Só em 2023, segundo dados do governo do Estado, foram 987 mortes em acidentes de trânsito na capital, média de um óbito a cada 8 horas

atualizado 15/01/2024 23:58

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carro - Transito na avenida 23 de maio Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo — O número de mortes em acidente de trânsito na cidade de São Paulo subiu mais uma vez no ano passado e já atingiu o pior patamar desde 2015. Foram 987 ocorrências ao longo de 2023, média de um óbito registrado a cada 8 horas em ruas, avenidas e rodovias da capital, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito (Infosiga).

O resultado ocorre após a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) desistir da meta prometida pelo antecessor, Bruno Covas (morto em 2021) de fazer a cidade fechar este ano — o último do atual mandato — com uma taxa de 4,5 mortes para cada 100 mil habitantes. O índice foi de 6,9 mortes por 100 mil em 2022.

Em 2015, a capital havia registrado 1.129 casos, maior número da série histórica, iniciada naquele ano. Contudo, esses índices foram caindo ano após ano, e desabaram durante a pandemia de Covid, até alcançar 741 casos em 2021. Porém, já em 2022, as mortes subiram 24% em relação ao ano anterior, chegando a 917 casos. Em 2023, esse patamar subiu mais 7,6%, alcançando as 987 mortes.

Os dados do Infosiga são obtidos a partir do registro obrigatório de boletins de ocorrência na Polícia Civil de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Eles consideram desde casos em que a vítima morre na hora, em pleno trânsito, como as ocorrências em que a pessoa só falece após ser socorrida no hospital.

As mortes ocorrem de forma diluída por toda a cidade, tanto que houve pelo menos uma morte em 499 vias diferentes da capital. Mas a campeã de ocorrências é o trecho urbano da Rodovia Fernão Dias, via federal que liga São Paulo a Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Conheça as vias mais perigosas da cidade:

Motociclistas lideram ranking

Os motociclistas são ainda as principais vítimas fatais do trânsito paulistano. Ao todo, 43% dos mortos (426 vítimas) são motoqueiros ou garupas envolvidos em batidas ou quedas da moto. Em segundo lugar, vêm os pedestres atropelados, com 358 mortes contabilizadas no ano passado.

A cidade gastou, segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda, R$ 1,2 bilhão com ações de engenharia de trânsito em 2023. Contudo, o Orçamento proposto por Nunes e aprovado pela Câmara Municipal em dezembro reservou apenas R$ 700 milhões para a função.

O que diz a Prefeitura

Questionada pelo Metrópoles sobre os motivos para o aumento das mortes no trânsito da cidade, a Prefeitura afirmou, por meio de nota, que “vem implementando uma série de medidas com o intuito de reduzir o número de acidentes, vítimas feridas e óbitos decorrentes da violência no trânsito” e listou uma série de ações para diminuir as mortes.

Entre elas, a gestão Ricardo Nunes cita a implantação das faixas azuis, exclusivas para motocicletas, a criação de “áreas calmas” (são duas em toda a cidade) e a redução dos limites de velocidade máxima para 50 km/h em praticamente toda a cidade — com exceção das Marginais Tietê e Pinheiros, da Avenida do Estado, de um trecho da Avenida Abraão de Moraes, e da Avenida 23 de Maio.

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