Metrô demite 5 funcionários por paralisação surpresa em 12 de outubro

Um empregado foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, suspensos pelo Metrô de SP sem remuneração

atualizado 24/10/2023 15:58

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foto colorida mostra estação de metrô Barra Funda em dia de greve, vazia durante movimento de metroviários grevistas - Metrópoles Fernando Frazão/Agência Brasil

São Paulo – O Metrô de São Paulo anunciou na tarde desta terça-feira (24/10) que decidiu punir 9 funcionários por “faltas graves” durante a paralisação surpresa ocorrida no último dia 12 de outubro. De acordo com a empresa, 5 empregados foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, suspensos sem remuneração.

Os operadores de trem que foram suspensos serão submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que irá apurar a ocorrência de falta grave e decidir pela demissão.

A decisão do Metrô foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos 9 profissionais. A direção da companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários.

A companhia disse também avaliar outros casos e não descarta novas punições. Segundo a empresa, os 9 empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde. É importante destacar que tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários.

A Metrô afirmou ainda ter registrado mais de 30 evacuações de trem e 49 estações fechadas durante a paralisação de cerca de três horas. A empresa ressalta que as punições determinadas nesta terça não estão relacionadas à greve dos metroviários no último dia 3, quando o sindicato descumpriu decisão judicial para manter as operações em patamares determinados pelo Tribunal Regional do Trabalho.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo foi procurado pelo Metrópoles, mas ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.

Paralisação surpresa

Funcionários do Metrô de São Paulo realizaram no dia 12 de outubro um protesto contra supostas “punições” que estariam sendo aplicadas pela empresa à categoria por causa da greve de 24 horas realizada no início do mês.

A ação paralisou as linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata no fim da manhã desta quinta, segundo o Metrô. A Linha 2-Verde operou com velocidade reduzida, enquanto as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, concedidas à iniciativa privada, não foram afetadas.

O Sindicato dos Metroviários disse que a companhia praticou “conduta antissindical”. Já o Metrô afirmou que o protesto dos trabalhadores é uma resposta a uma advertência por escrito dada a cinco operadores de trem que teriam se recusado a participar de treinamentos.

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Movimentação de passageiros na estação Itaquera em meio à greve no dia 3 de outubro

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Metrô Itaquera tem acesso fechado em meio à greve conjunta

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Acesso fechado ao metrô na estação Itaquera, zona leste

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Protesto no acesso ao metrô Itaquera, fechado em dia de greve conjunta

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Movimentação na estação Itaquera em meio à greve desta terça em SP

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Acesso fechado na estação de metrô Jabaquara, na zona sul, em meio à greve conjunta desta terça

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Protesto durante greve de Metrô e CPTM em frente à entrada da estação Jabaquara do Metrô

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Protesto durante greve de Metrô e CPTM em frente à entrada da estação Jabaquara do Metrô

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Cartaz na estação Itaquera informa sobre siutação das linhas da CPTM em meio à greve

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Linha Amarela do Metrô funcionou normalmente em meio à greve em SP

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Linha 4-Amarela do Metrô funcionou normalmente em meio à greve em SP

Renan Porto/Metrópoles

Em nota à imprensa no dia 12, o Sindicato dos Metroviários afirmou que a companhia passou a “aplicar punições contra a categoria” em uma “conduta antissindical” por causa da greve realizada no início do mês.

“Essas retaliações são em razão da justeza da greve, que contou com amplo apoio da população contra os processos de privatizações”, diz a nota. Segundo a entidade, o protesto realizado nesta quinta-feira é uma “paralisação organizada pelo sindicato contra essa conduta arbitrária”.

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