“Menos um fazendo L”: MP quer saber velocidade do carro de atropelador

MP de São Paulo apura se houve outro indício de negligência ou imprudência do motorista que matou jovem e debochou: "Menos um fazendo L"

atualizado 22/05/2023 19:56

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Imagem de atropelador que matou homem e debochou: "Menos um fazendo o L" Reprodução/Redes sociais

São Paulo — O Ministério Público Estadual (MP) pediu à Polícia Civil mais detalhes a respeito do atropelamento e morte de Matheus Campos da Silva pelo motorista de aplicativo Christopher Rodrigues, em 25 de abril, na região central de São Paulo.

Depois de atropelar Matheus, de 21 anos, Christopher postou vídeos ofendendo o rapaz e dizendo, entre outras coisas, que era “menos um fazendo L”, em alusão a eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Matheus morreu logo em seguida.

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Atropelador manteve o deboche ao falar sobre as pessoas que se aproximam do local e pedem para que ele tire o carro de cima do homem atropelado
Nas redes sociais, o homem afirma que a vítima de atropelamento morreu
Ainda debochando, o atropelador diz no vídeo que “dessa vez não tem cervejinha, nem picanha”
Um homem atropelou um suspeito de furtar um celular na última terça-feira (25/4), em São Paulo
Ele debochou da ocorrência publicando uma sequência de vídeos com piadas sobre a vítima nas redes sociais
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Atropelador postou vídeos nas redes sociais, durante ocorrência, debochando de suspeito de furto de celular em SP

Reprodução/ Instagram _chrisdriguess
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Atropelador manteve o deboche ao falar sobre as pessoas que se aproximam do local e pedem para que ele tire o carro de cima do homem atropelado

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Nas redes sociais, o homem afirma que a vítima de atropelamento morreu

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Ainda debochando, o atropelador diz no vídeo que “dessa vez não tem cervejinha, nem picanha”

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Um homem atropelou um suspeito de furtar um celular na última terça-feira (25/4), em São Paulo

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Ele debochou da ocorrência publicando uma sequência de vídeos com piadas sobre a vítima nas redes sociais

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Ainda no local do acidente, Christopher Rodrigues postou uma série de vídeos no Instagram debochando da vítima

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O furto aconteceu por volta das 17h30, na ligação Leste-Oeste, na região central da capital paulista

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O suspeito teria tomado o celular de um motorista de aplicativo e, ao fugir, foi atropelado por outro homem, que dirigia um Ford Ka preto

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“Agora, vou para a delegacia assinar um assassinato… Mentira! Deus é mais”, diz ele

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O atropelador também faz piada ao ser levado para a delegacia

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Os vídeos mostram ainda o atropelador sendo levado até a delegacia (78ª DP)

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Ele postou uma foto comemorando o fato de que não foi registrado nem mesmo homicídio culposo (sem intenção) pelo atropelamento

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O MPSP pediu à perícia que, se possível, com base nos danos provocados no veículo, determine se a velocidade em que estava o carro do indiciado era compatível com o limite do viaduto Júlio de Mesquita Filho, onde aconteceu o atropelamento.

O Ministério Público também deseja saber se houve algum outro indício de negligência ou imprudência do motorista, bem como solicitou a oitiva de mais policiais que foram até o local após o atropelamento.

A vítima do atropelamento foi reconhecida por testemunhas como o autor de um furto de celular ocorrido momentos antes.

Segundo o delegado Percival Alcântara, titular do 5º DP (Aclimação) e responsável pela investigação, análise minuciosa das provas testemunhal e pericial não demonstraram, em um primeiro momento, a intenção de Christopher em atropelar Matheus. Por isso, ele não foi indiciado por homicídio doloso.

No indiciamento, o delegado afirmou que, após a colisão, o motorista se mostrou apreensivo com a situação, não parecendo, segundo as testemunhas presenciais, que teve a intenção de atropelar. Também não ficou caracterizado que ele sabia de um possível furto segundos antes; daí o indiciamento pelo homicídio culposo (sem intenção), não o doloso (intencional).

Alcântara indiciou Christopher por omissão de socorro por entender que ele não socorreu a vítima do atropelamento, sendo a ajuda acionada por outras pessoas. Segundo o delegado, depois de tomar ciência de que Matheus possivelmente teria furtado um celular, “debochou, omitiu socorro, fotografou e fez filmagens abjetas dos fatos (atitudes que em nada contribuíram para o resgate do ofendido)”.

Christopher também foi indiciado por incitação ao crime por ter instigado, publicamente, pessoas indeterminadas a “tirar” a vida de agentes que cometem crimes contra o patrimônio.

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