“Medo de morrer”, diz modelo internada com suspeita de febre maculosa

Rosangela Davelli disse ter chorado muito quando soube que poderia estar com febre maculosa; ela esteve na Fazenda Santa Margarida

atualizado 15/06/2023 15:21

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Arquivo pessoal

São Paulo – A modelo Rosangela Davelli, de 40 anos, internada com suspeita de febre maculosa disse ao Metrópoles ter sentido “medo de morrer” quando recebeu a informação de que poderia estar infectada. A mulher começou a ter sintomas na segunda-feira (12/6) e foi internada no hospital particular Vera Cruz, em Campinas, na terça (13/6).

“Eu fiquei muito assustada. Chorei muito. Chorei com medo de morrer também. As enfermeiras que me tranquilizaram, falaram que eu estou medicada e segura. Se fosse no SUS, eu poderia ter morrido”, afirmou Rosangela, moradora de Hortolândia.

O caso de Rosangela é o sexto registrado nos últimos dias, de acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas. Todas as pessoas com suspeita estiveram na Fazenda Santa Margarida, local apontado pela pasta como foco do surto de febre maculosa. A modelo participou da Feijoada do Rosa no último dia 27, que recebeu 3,5 mil pessoas.

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Rosangela participou da Feijoada do Rosa

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Rosangela esteve na Fazenda Santa Margarida

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“Eu cheguei aqui no hospital bem mal, quase desmaiei. Graças a Deus recebi a medicação e comecei a fazer o tratamento”, afirma Rosangela.

“Senti calafrio, perda de apetite, muita dor no corpo, dor de cabeça, vista embaçada, manchas vermelhas no corpo e cansaço, desânimo. Tudo de ruim que você possa imaginar.”

A modelo conta que ficou na área VIP do evento e que por isso fez um trajeto menor até a festa, sem ter que passar por áreas onde, segundo outros frequentadores, havia mais mato. Rosangela diz desconfiar que tenha sido picada quando sentou para comer a feijoada.

“Cheguei no local às 16h e fiquei até 1h da manhã. Eu não precisei fazer todo aquele trajeto para chegar até a festa. Eu fui na área VIP. Só que eu acho que fui picada lá na hora de comer, sentada naquelas cadeiras de madeira. Eu inclusive fiquei com uma picada no glúteo. Demorou para sair esse vermelhão. Mas eu achei que não era nada. Eu nem imaginava que tinha esse carrapato lá. Se soubesse, eu nem tinha ido”, diz Rosangela.

A mulher diz conhecer “de vista” a dentista de 28 anos, também moradora de Hortolândia, que morreu em decorrência da febre maculosa. Ela também esteve na Feijoada do Rosa, na Fazenda Santa Margarida.

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Fazenda foi palco de feijoada

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Ingresso custou até R$ 1 mil

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Evento aconteceu em 27 de maio

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Quem esteve no local reclamou de difícil acesso

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Febre maculosa

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. O principal sintoma da doença é febre alta, que pode ser confundida com outras enfermidades.

“Por isso, é importante que o médico sempre pergunte, ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, afirma Andrea von Zuben.

Os principais sintomas da febre maculosa são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
  • Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger:

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagá-lo com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.
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