São Paulo – Funcionárias de lojas de roupas femininas da zona sul de São Paulo relatam medo de novos ataques de um criminoso que tem feito diversas vítimas na região. O homem, que ficou conhecido como “ladrão da arma prateada”, assaltou pelo menos quatro estabelecimentos nos últimos 40 dias, de acordo com relatos de testemunhas. Em todos, havia apenas mulheres.
Câmeras de segurança de duas lojas de roupas femininas na Avenida do Cursino, no bairro da Saúde, flagraram a ação do “ladrão da arma prateada”, que carrega sempre um revólver prateado e aponta para o rosto das vítimas.
Ele usa um boné e máscara de proteção sanitária para esconder o rosto, e entra nos estabelecimentos de forma discreta, com uma mochila, onde coloca os itens roubados.
Assista:
Reféns
Em um dos episódios, registrado em 29 de maio, ele afirma: ““Vai, fia, passa o celular”. Durante o assalto, que dura menos de um minuto, um cliente entra na loja e também é rendido.
Duas semanas antes, uma outra loja de roupas femininas, localizada na mesma avenida, foi roubada pelo “ladrão da arma prateada”. A ação foi parecida. Vendedoras e clientes foram feitos reféns e obrigados a ir para o fundo do estabelecimento enquanto o ladrão fugia.
“Em questão de um minuto, ele entrou como se não quisesse nada, mostrando a mochila. Ele apontou a arma para a cliente dentro do provador e veio para o fundo. Minha amiga só falou: ‘Olha o ladrão, olha o tamanho da arma’. A gente saiu correndo para trás do caixa. Ele veio atrás pedindo celular e dinheiro”, diz a dona da loja, que preferiu não se identificar.
Segundo ela, o “ladrão da arma prateada” levou três celulares e R$ 400 em dinheiro. “Ele pegou tudo e falou para a gente ir para o fundo da loja e só sair depois de 20 minutos”, conta ela.
“Entregamos tudo”
A mulher diz ter medo que ele volte ao estabelecimento. “Eu estou com muito medo. Ele estava agitado. Nós não reagimos, entregamos tudo.”
Além dos dois assaltos na Avenida do Cursino, o “ladrão da arma prateada” teria feito vítimas em lojas de roupas femininas na Avenida Yervant Kissajikian, no bairro de Americanópolis, e na Rua São Leopoldo, em Diadema.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) sobre a ação do ladrão e aguarda retorno.
