Kassab arrasta leva de prefeitos ao PSD e enfurece aliados de Tarcísio

Em meio a dificuldades de articulação política entre o governo e a Alesp, o PSD de Kassab saltou de 48 para 329 prefeituras no estado

atualizado 02/11/2023 15:48

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Fotografia colorida mostra Gilberto Kassab olhando para o lado no plenário da Alesp - Metrópoles Bruna Sampaio e Carol Jacob/Alesp

São Paulo – Deputados da base do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa (Alesp) estão revoltados com o domínio do PSD, partido presidido pelo o secretário de Governo, Gilberto Kassab, sobre as prefeituras do estado.

Entre janeiro e novembro deste ano, o PSD multiplicou em quase sete vezes a quantidade de prefeitos filiados e atualmente tem, em seu quadro, 329 dos 645 prefeitos paulistas. O número corresponde a 51% das prefeituras do estado.

Deputados ouvidos pelo Metrópoles disseram que, enquanto a base governista na Assembleia tem “agonizado” para conseguir a quantidade mínima de parlamentares para aprovar projetos simples, Kassab – notório articulador político – teria “abandonado” a Alesp para “percorrer prefeituras” de olho em um projeto político pessoal.

Nessa semana, por exemplo, não houve quórum o suficiente para votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada pelo governo. O resultado serviu de recado da base sobre a falta de diálogo e as cobranças pela aprovação a jato da privatização da Sabesp, uma das principais promessas de campanha de Tarcísio.

Os planos de Kassab e a atuação na Alesp

Kassab assumiu a Secretaria de Governo interessado em filiar a maior quantidade possível de prefeitos, muitos deles vindos do PSDB. O pessedista goza da confiança do governador e emplacou aliados em cinco secretarias, que controlam R$ 84 bilhões do orçamento.

O espaço ocupado por Kassab no governo já vinha sendo criticado por alguns parlamentares da base, sobretudo os bolsonaristas, mas a filiação massiva de prefeitos provocou uma revolta em deputados do PL, Republicanos, PSDB, União Brasil e MDB.

Internamente, os parlamentares têm reclamado de problemas no diálogo entre a Alesp e o Palácio dos Bandeirantes e apontam o dedo para Kassab, responsável pela articulação política.

Desde o início da legislatura, deputados criticam a falta de envolvimento direto de Kassab no dia a dia da Assembleia e o pouco diálogo do governo com a Casa, que tem resultado na obstrução de votações de interesse do governo na Alesp.

Paralelamente, os deputados também cobram o pagamento de R$ 10 milhões em emendas, que haviam sido sinalizadas pelo governo e ainda não foram distribuídas, e também mais espaço na máquina estatal.

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