São Paulo — O juiz Valmir Maurici Júnior, acusado de violência física, psicológica e sexual contra a ex-mulher, foi denunciado pelo Ministério Público (MPSP) por dois crimes e uma contravenção penal. O magistrado está provisoriamente afastado das funções desde abril, após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
As denúncias, apresentadas ao Tribunal de Justiça (TJSP) em 30 de outubro, foram pelos crimes de violência psicológica (uma vez) e filmagem sem consentimento (duas vezes), além de vias de fato (três vezes), considerada uma contravenção penal. A acusação de estupro foi arquivada.
As acusações contra o juiz vieram à tona em março. Ele aparece em vídeos dando empurrões, tapas e chutes na então esposa. Segundo a vítima, os episódios teriam ocorrido em outubro de 2022, na casa em que os dois moravam, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo.
Medida protetiva
Em novembro, a mulher de Maurici saiu de casa e deu início ao processo de separação. Ela conseguiu uma medida protetiva na Justiça que proíbe o juiz de se aproximar e manter contato.
Na ocasião, a vítima apresentou às autoridades um cofre em que o juiz guardava diversos vídeos e imagens, incluindo fotos de uma outra mulher, não identificada, com o nome do magistrado carimbado nas nádegas.
O juiz, de 42 anos, atuava na 5ª Vara Cível de Guarulhos (SP) até ser afastado. Ele também responde a um processo administrativo disciplinar instaurado pelo CNJ.
Procurados pelo Metrópoles, os advogados de Maurici Júnior não se manifestaram. O espaço está aberto.
