Governo Tarcísio estuda “vigiar” por app condenados em regime aberto

Aplicativo feito em parceria entre TJSP e PM permite acompanhar condenados no regime aberto; modelo já é usado em cidades do interior de SP

atualizado 03/02/2023 17:17

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SP: governo estuda "vigiar" por aplicativo condenados em regime aberto Divulgação/1ª Vara Criminal de Sertãozinho

São Paulo – O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) estuda colocar em prática em todo o estado um programa no qual a Polícia Militar pode “vigiar”, por meio de um aplicativo, condenados do sistema penitenciário que estejam em liberdade graças a algum benefício de pena, como regime aberto ou saída temporária.

O Projeto Vigiliância, Inteligência, Defesa e Ação (VIDA) foi desenvolvido em 2018 por meio de uma parceira entre a Comarca de Sertãozinho, no interior de São Paulo, e a PM. Nos anos seguintes, ele foi expandido para outras cidades, como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, também no interior.

A ideia da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do novo governo é implantar o programa em todo o estado.

Uma reunião entre o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Ricardo Mair Anafe, no dia 18 de janeiro, deu início às tratativas para assinatura de um termo de cooperação.

O programa prevê que o TJSP compartilhe com a PM um mapa de onde estão os sentenciados em benefício de pena ou em medidas cautelares. São disponibilizadas informações como nome, foto, endereço, crime que cometeu, tipo de regime, se é reincidente ou não, entre outras.

“O patrulheiro da PM passou na residência de alguém que está em regime aberto no período no noturno e a pessoa não está, ela já está descumprindo. Imediatamente, a polícia faz o boletim eletrônico com comunicação direta com o Poder Judiciário”, explica a juíza Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto, assessora da presidência do TJSP.

Diante disso, o juiz responsável marca uma audiência de justificação, para verificar a razão pela qual a pessoa não estava em casa, podendo aplicar uma regressão de regime.

O aplicativo também possibilita que a PM acompanhe se agressores estão cumprindo medidas protetivas em relação a vítimas de violência doméstica.

Queda no descumprimento

De acordo com dados da PM de Sertãozinho, onde o VIDA foi implementado primeiro, a taxa de descumprimento verificada por meio do aplicativo foi de 42% em 2018. Já em 2020, ela caiu para 9%. Foram 214 fiscalizações feita em 2018, contra 1694 em 2020.

O juiz titular da 1ª Vara Criminal de Sertãozinho, Angel Tomas Castroviejo, um dos idealizadores do projeto, afirma que o sentenciado é avisado no processo de que será “vigiado”.

“Quando a pessoa entra numa prisão domiciliar, numa saída temporária, a gente intima no processo que pode haver fiscalização. Então ela já está ciente, a gente não quer causa suspresa. Outra coisa é que a polícia só identifica, não prende. Faz um BO e manda para o juiz”, diz.

Em nota, a SSP informou que está desenvolvendo “soluções tecnológicas para que policiais se comuniquem de forma ágil e informatizada com o Poder Judiciário, quando se depararem com casos de pessoas descumprindo medidas cautelares ou penas em meio aberto”.

De acordo com a pasta, os procedimentos vão “otimizar o emprego operacional do efetivo e diminuir os procedimentos burocráticos”.

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