Governo de SP afasta responsáveis por erros em material didático

Slides diziam que cidade de São Paulo tem praias e apontavam D. Pedro II como o responsável por assinar Lei Áurea

atualizado 31/08/2023 17:39

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Imagem colorida mostra slide do governo de São Paulo com erro sobre cidade de São Paulo - metrópoles Reprodução

São Paulo – O governo de São Paulo afastou os servidores responsáveis pelos erros didáticos no material digital produzido pela Secretaria da Educação.

Os slides afirmavam que a cidade de São Paulo tem praias, apontavam D. Pedro II como a pessoa responsável por assinar a Lei Áurea e diziam que doenças como Parkinson e Alzheimer poderiam ser transmitidas por meio da ingestão de água contaminada.

As falhas foram reveladas pelo UOL e confirmadas pelo Metrópoles.

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Na correção do exercício proposto pelo slide anterior, material afirma que cidade de São Paulo tem praias
Em aula sobre Dom Pedro II, material diz que foi ele quem assinou a Lei Áurea e não a Princesa Isabel
Em slide da aula de ciências, material cita erroneamente que Parkinson e Alzheimer podem ser transmitidos por água contaminada
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Exercício pede que estudantes pesquisem sobre Jânio Quadros em sites confiáveis logo antes de apresentar informação errada sobre praias na cidade de São Paulo

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Na correção do exercício proposto pelo slide anterior, material afirma que cidade de São Paulo tem praias

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Em aula sobre Dom Pedro II, material diz que foi ele quem assinou a Lei Áurea e não a Princesa Isabel

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Em slide da aula de ciências, material cita erroneamente que Parkinson e Alzheimer podem ser transmitidos por água contaminada

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Em nota, a Secretaria da Educação afirma que as informações já foram retificadas e atualizadas. “A coordenadoria pedagógica da instituição vai reforçar a equipe de revisão para que haja aprimoramentos constantes nos recursos didáticos, sempre em total harmonia com o Currículo Paulista”, diz a pasta.

Parlamentares do PSol acionaram a Defensoria Pública, o Ministério Público de São Paulo e o Tribunal de Contas do Estado contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Educação, Renato Feder, por causa dos erros identificados no material.

A deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi pedem a investigação do caso.

Críticas recorrentes

No início de agosto, pesquisadores da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) emitiram uma nota técnica apontando problemas metodológicos, erros conceituais e má contextualização nos slides produzidos pelo governo estadual.

O conteúdo digital também já tinha sido criticado pela Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale) e pelos próprios professores da rede estadual, que alegam falta de autonomia didática com a imposição do material.

A pasta comandada por Feder tem orientado os educadores a utilizarem os slides em todas as aulas.

Em julho, quando a Secretaria recusou a adesão aos livros didáticos do governo federal, a gestão estadual chegou a dizer que o conteúdo oferecido aos alunos dos anos finais de Ensino Fundamental e Médio seria totalmente digital.

Depois das críticas de especialistas, o governo recuou e retomou a adesão ao Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).

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