São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou, nesta sexta-feira (17/11), para manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) como ré no processo em que ela responde por perseguir com uma pistola um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas ruas dos Jardins, bairro nobre de São Paulo, em outubro do ano passado. Zambelli é acusada de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Gilmar Mendes, relator do caso, negou um recurso apresentado pela defesa da parlamentar que pedia a anulação do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, diz o g1. Na denúncia, a PGR pede que Zambelli seja condenada a pagar uma multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos e que ela perca o porte de sua arma.
O julgamento do recurso, que teve início nesta sexta-feira (17/11), acontece em plenário virtual. Os ministros podem inserir seus votos até 24 de novembro. O processo está em segredo de Justiça.
“A decisão de admissão da denúncia explicitou compreensão conforme a qual a existência do porte, nas circunstâncias fáticas narradas pela incoativa, pode não afastar a existência do delito”, escreveu o ministro, de acordo com o portal.
Vídeo
O vídeo da deputada Carla Zambelli perseguindo um apoiador de Lula com uma arma às vésperas do segundo turno da eleição do ano passado viralizou nas redes sociais logo após o ocorrido. Nas imagens, é possível ver ela sacando a arma, atravessando a rua e entrando em um estabelecimento comercial perseguindo um homem negro.
O caso ocorreu entre as alamedas Joaquim Eugênio Lima e Lorena, no bairro Jardim Paulista, zona oeste da capital.
A deputada publicou um vídeo nas redes sociais em que diz ter sido agredida e xingada. “Me empurraram no chão, usaram um negro para vir para cima de mim, mas eram várias pessoas”, conta.
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