Filha de vítima diz que ônibus de romeiros estava “caindo aos pedaços”

Ônibus sofreu um acidente no final da tarde de domingo; Tereza Amélia Salles dos Santos está entre vítimas

atualizado 02/10/2023 11:54

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Foto colorida mostra Tereza Amélia Salles dos Santos Reprodução

São Paulo – A filha de uma das vítimas do acidente de ônibus que matou 12 pessoas em Guatapará, no interior de São Paulo, durante o retorno de uma excursão religiosa nesse domingo (1º/10), diz ao Metrópoles que os veículos da empresa que fazia o transporte dos romeiros estavam sempre “caindo aos pedaços”.

Na manhã desta segunda-feira (2/10), Angélica Amélia do Espírito Santo foi até o Instituto Médico Legal de Ribeirão Preto para liberar o corpo da mãe, Tereza Amélia Salles dos Santos, de 60 anos. Não há previsão para data e horário do velório.

Angélica afirma que costumava acompanhar a mãe nas excursões, mas não pôde ir dessa vez porque estava trabalhando.

“A gente sempre ia nessas excursões. Eu fui 8 vezes junto com ela. Dessa vez não deu para eu ir, porque estava trabalhando à noite. Então, não fui. Era para eu estar ali”, diz a mulher.

“Todos os anos a gente vai e o transporte é feito pela Petitto. Os ônibus da Petitto são todos velhos, caindo aos pedaços. É uma porcaria. Toda vez tem problema. Agora chegamos a esse ponto. Estou de mãos atadas. O gerente da Petitto desligou o telefone na cara do meu irmão, que queria uma informação. Ele tinha a obrigação de dar uma informação”, afirma.

Desvio do pedágio

O grupo saiu de Monte Alto por volta das 5h de domingo (2/10) com destino a Tambaú, onde está localizado o Santuário Nossa Senhora Aparecida do Beato Donizetti. Segundo Angélica, o trajeto de ida é muito mais curto, porque, na volta, a Petitto adota um caminho alternativo para não passar por postos de pedágio.

“A ida demora tipo 2h. Na volta, eles saíram 15h para chegar depois das 19h. Eles vêm por Guatapará para cortar pedágio”, diz Angélica.

“Falei com a minha mãe ontem umas 11h. Ela disse que o tempo estava muito fechado. Pedi para ela: ‘Fala para o motorista que, se tiver muito fechado, não é para vir’. Essa foi a última vez que eu falei com ela”, completa.

O Metrópoles questionou a empresa Petitto sobre as condições e a regularidade do ônibus envolvido no acidente desse domingo, mas não obteve retorno. O site também questionou a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e aguarda uma resposta.

O acidente

O acidente com o ônibus de romeiros aconteceu no final da tarde de domingo (1º/10), no km 180 da rodovia. O veículo, que passava pela Rodovia Deputado Cunha Bueno (SP-253), teria perdido o controle na estrada por causa da forte chuva que atingia a região. No total, 26 pessoas ficaram feridas.

O excesso de água na pista teria feito o veículo aquaplanar e capotar. Duas equipes do Corpo de Bombeiros e dez do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados para o atendimento da ocorrência.

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