São Paulo – Cerca de 3,4 milhões de pessoas, o equivalente a 7,7% da população do estado, moram em favelas de São Paulo, mostra estudo do Data Favela, realizado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP).
Segundo a pesquisa, comunidades paulistas somam 1,1 milhão de domicílios em 2023 – índice que representa um crescimento de 49% nos últimos dez anos. Os moradores movimentam R$ 41 bilhões de renda própria por ano.
“Se depender da favela, o Brasil tem muito a ganhar”, afirma Renato Meirelles, fundador do Data Favela.
“Na favela, são as mulheres que lideram a economia, que cuidam dos seus e filhos e dos outros. Na favela, são os negros que formam a maior força econômica. Só falta uma coisa na favela: oportunidade”.
Na Grande São Paulo, 71% dos empreendedores não têm CNPJ, 16% não são bancarizados e só 7% se definem como empresário.
A pesquisa se propõe a ser “o estudo mais completo sobre as favelas do Brasil” e foi encomendada pela Expo Favela, feira de negócios voltada para empreendedores da periferia. O recorte do estado de São Paulo foi feito a pedido do Metrópoles.
Brasil tem 17,9 milhões de pessoas na favela
Ao todo, o estudo ouviu 2.434 moradores das cinco regiões do Brasil entre os dias 6 e 13 de março.
No país, a população da favela é estimada em 17,9 milhões de habitantes, com movimentação de R$ 202 bilhões por ano. Destes, 5,2 milhões são empreendedores.
Entre os negócios abertos nas comunidades brasileiras, os tipos mais comuns são restaurante (15%), salão de beleza (10%) e comércio (8%).
