São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, no começo da tarde desta segunda-feira (23/10), que as aulas na Escola Estadual Sapopemba, alvo de um ataque em que um estudante matou uma aluna de 17 anos com um tiro na cabeça e atirou em mais duas estudantes, ficará com as aulas suspensas ao menos pelos próximos 10 dias.
“A gente precisa desse tempo agora para acolher as famílias, falar com os pais, para dar assistência aos alunos, dar assistência aos profissionais da escola, dar assistência aos professores, para a gente poder depois seguir em frente”, afirmou.
A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva concedida na frente da escola que sofreu o ataque. Tarcísio admitiu que “não tem as respostas” para evitar tragédias desse tipo no futuro.
“São 1.800 alunos aqui. Imagina você fazer revista todos os dias de todos os alunos. Eu não tenho as respostas. Gostaria de ter. Qual é a solução? É botar detector de metal na porta de todas as escolas? Seria essa a solução? Será que é isso o correto? Eu não sei”, disse o governador.
Tarcísio lançou em abril um “botão do pânico” para ser acionado, por celular, por docentes em caso de atentados escolares. A existência do dispositivo, no entanto, não evitou a tragédia nesta segunda-feira.
O botão era parte de um pacote criado como resposta ao atentado ocorrido na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, que matou uma professora. Tarcísio afirmou que o governo de São Paulo irá incrementar outro item do pacote, a contratação de psicólogos para atender alunos. “Devemos aumentar (o número de psicólogos)”.
