São Paulo – Um dia antes da posse dos novos deputados estaduais, que ocorrerá na tarde desta quarta-feira (15/3) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a bancada do PL foi recebida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em um almoço no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Em um clima descontraído, deputados do partido comandado por Valdemar Costa Neto e que abriga os políticos bolsonaristas, questionaram o governador e o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), sobre o valor extra de emendas parlamentares que será liberado pelo governo aos deputados neste ano.
As emendas parlamentares são usadas pelos 94 deputados estaduais para destinar recursos para obras, programas e serviços em municípios que integram seus redutos eleitorais. Com 19 deputados, a bancada do PL é a maior que toma posse na Alesp nesta quarta.
Um dos deputados da ala ligada a Valdemar destacou que na gestão do ex-governador João Doria (2019-2022), desafeto político dos bolsonaristas, o Palácio liberava R$ 20 milhões em emendas por deputado, valor superior aos R$ 6,6 milhões das chamadas emendas impositivas, cujos repasses são obrigatórios.
No fim do ano passado, a Alesp aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumentou em 50% — para cerca de R$ 10 milhões — o valor das emendas parlamentares impositivas. O percentual da receita do estado destinado às emendas estava congelado desde 2018.
Mesmo assim, para alguns dos deputados do PL que almoçaram com Tarcísio e Kassab, o governo deve destinar, “no mínimo”, o dobro em emendas extras, para atingir o “padrão” estabelecido no governo Doria.
Segundo um dos deputados presentes, Tarcísio não prometeu nada e Kassab, que é o articulador político do governo, disse que a bancada do PL terá um espaço privilegiado no governo.
