São Paulo – Dois homens suspeitos de atirar contra uma policial militar em Santos, no litoral de São Paulo, na manhã desta terça-feira (1º/8), foram presos pela polícia. A informação foi divulgada pelo secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em coletiva de imprensa.
Uma das prisões teria ocorrido dentro de um ônibus, depois que o suspeito foi visto entrando no veículo às pressas. “Encontraram uma mochila escondida na parte inferior de um dos bancos [do ônibus]. Nessa mochila tinha droga, uma arma de fogo e vestimentas”, afirma o secretário. A roupa encontrada na mochila, segundo Derrite, é igual a que foi usada por um dos criminosos que atirou contra a cabo Najara Fátima Gomes.
“É um dos indivíduos já reconhecido por ter praticado esse atentado contra os policiais”, diz ele.
O outro suspeito detido foi encontrado em uma unidade de saúde de São Vicente, também no litoral paulista, com um ferimento na cabeça. Segundo o secretário, o homem “possivelmente sofreu um disparo de raspão na região da cabeça”.
Além dos dois presos, a Polícia Civil investiga se outro suspeito, que teria morrido em um suposto confronto com policiais militares, teria participado do crime. “É um sequestrador, já foi identificado, é procurado pela justiça. Agora estão vendo se ele estava nesse veículo. É o processo que a Polícia Civil tá tentando concluir”, afirma o secretário.
Em entrevista na tarde desta terça-feira, Derrite afirmou que quatro criminosos estavam no carro que foi utilizado para atacar a cabo Najara Fátima Gomes. Ela foi baleada pelas costas, quando desembarcava de uma viatura da PM. Segundo o secretário da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), a policial está estável.
Ainda sobre os ataques, Derrite ressaltou a rápida resposta dos agentes. “O que está fazendo a diferença aqui é o engajamento dos policiais”. O secretário destacou o aumento do efetivo e afirmou que essa será “uma resposta à altura todas às vezes que os policiais forem confrontados”.
O secretário disse ainda que, caso os criminosos não parem de confrontar os agentes apontando armas e atirando contra os policiais, estes estarão “prontos para repelir às injustas agressões”.
A Baixada Santista vive uma onda de violência desde o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, que integrava a Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na última quinta-feira (27/7). Depois da morte do policial, pelo menos 14 pessoas foram mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar (PM). O número já ultrapassa os 11 assassinatos ocorridos na cidade do litoral paulista em todo o primeiro semestre deste ano, segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP).