Dobro do preço: Nunes manda cancelar compra de bonés após reportagem

Ricardo Nunes diz que não sabia da compra, sem licitação, de bonés pelo dobro do preço de mercado e determina afastamento dos responsáveis

atualizado 21/11/2023 19:17

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, de perfil, sorrindo. Ele é um homem branco, de cabelo e barba pretos, vestindo camiseta branca - Metrópoles Reprodução/YouTube

São Paulo – O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), determinou, no fim da noite dessa sexta-feira (17/11), que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social cancele a compra de 40 mil bonés sem licitação, por R$ 860 mil, para distribuir a moradores de rua em ação contra o calor.

A decisão foi tomada após o Metrópoles revelar que os bonés comprados pela pasta, no valor de R$ 21,50 cada, custam o dobro do preço praticado no mercado e pago por outros órgãos públicos, como os Correios.

Nunes disse que não sabia da compra, mas que adotou as providências logo após ler a reportagem, na noite de sexta-feira. O prefeito determinou que os responsáveis pela aquisição dos bonés sejam afastados.

“Eu não comprei, fiquei sabendo através da matéria”, disse Nunes. “Assim que li, mandei cancelar.”

Ainda na noite de sexta, o prefeito conversou por WhatsApp com o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Júnior, e questionou a compra. “Como fazem uma coisa dessas!!”, diz o texto. “Carlos, precisa pegar essa pessoa que fez isso e afastar.”

Entenda o caso

Reportagem publicada pelo Metrópoles na manhã dessa sexta-feira (17/11) revelou que a Prefeitura havia comprado 40 mil bonés, sem licitação, para oferecer a moradores de rua. O valor de cada acessório, R$ 21,50, era mais do que o dobro do valor de bonés comprados por outros órgãos públicos.

Os bonés que os Correios compram para os carteiros, por exemplo, foram adquiridos por R$ 8,88. Bonés com logotipo bordado, comprados pela Polícia Civil para os alunos da academia da corporação em São Paulo, custam R$ 10.

A Prefeitura dispensou a licitação argumentando que a compra era de emergência por causa da iminência da chegada de ondas de calor. O processo de aquisição havia começado em setembro e ficou quase o mês de outubro inteiro parado na secretaria.

Para fazer a compra sem licitação, a pasta havia feito cotação simples de bonés com empresas de tecidos. Uma das propostas, porém, nem sequer tinha o CNPJ do suposto fornecedor.

No fim da tarde, diante da repercussão do caso, o Tribunal de Contas do Município (TCM) elaborou memorando técnico e enviou ofício à Prefeitura pedindo explicações sobre a compra.

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