Quem é o chefão do PCC suspeito de lavar dinheiro com “Faria Limer”

Membro do PCC há mais de 20 anos, Dezinho foi preso em julho; ele aparece em denúncia envolvendo seu cunhado, operador da Faria Lima

atualizado 06/12/2023 13:58

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Dezinho, líder do PCC, é preso em Pernambuco

São Paulo — Integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) há mais de 20 anos, Odair Lopes Mazzi Junior, conhecido como Dezinho, de 42 anos, era um dos principais braços direitos de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção criminosa.

Membro da chamada Sintonia Final da Rua, Dezinho circulava entre ricaços e levava uma vida de ostentação, com direito a mansões e viagens internacionais, até ser preso em 11 de julho deste ano, em um condomínio de luxo em Pernambuco. Ele estava foragido desde 2020.

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Em fotos entregues à Justiça, Dezinho, líder do PCC, aparece curtindo

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Em fotos entregues à Justiça, Dezinho, líder do PCC, aparece curtindo

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Em fotos entregues à Justiça, Dezinho, líder do PCC, aparece curtindo

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Dezinho, líder do PCC, vivia rotina de luxo

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Dezinho, líder do PCC, é preso em Pernambuco

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Dezinho, líder do PCC, foi capturado em condomínio de luxo na Praia dos Carneiros (PE)

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Polícia encontrou documentos falsos com líder do PCC

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Cartões de crédito também foram apreendidos com líder do PCC

Em denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o líder do PCC é citado em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo seu cunhado, Diego Mazzi de Aquino, de 36 anos, um operador da Faria Lima, centro financeiro na capital paulista.

Segundo o MPSP, Dezinho usa sua mulher, Carolina Mazzi de Aquino, e seus cunhados como “laranjas” na criação de empresas e compras de imóveis e gastos pessoais. Na residência do casal, quando deflagrada, a Operação Sharks apreendeu joias e relógios de luxo avaliados em R$ 2 milhões.

Histórico

Dezinho recebia de Marcola missões a serem cumpridas fora do sistema carcerário. Na hierarquia da facção, ocupava um cargo altíssimo, conquistado por poucos no mundo do crime. Antes de ser alçado ao topo do comando, no entanto, pertenceu ao terceiro escalão do PCC.

De acordo com as investigações realizadas durante a Operação Sharks, ele ascendeu ao topo da pirâmide do crime ao coordenar o envio de R$ 1,2 bilhão do PCC para o Paraguai em 2019, por meio do esquema de “dólar cabo”, uma técnica de lavagem de dinheiro.

Na ocasião, ele atuava no setor financeiro do PCC, chamado de Sintonia Final do Progresso, o terceiro escalão do maior grupo criminoso do país.

O esquema levantado pela Operação Sharks incluía a movimentação por meio de contas bancárias de “laranjas” e empresas fantasmas, além da distribuição de parte do valor para “casas-cofres”. A função dessas casas é armazenar o dinheiro que, mais tarde, é levado para doleiros. Um desses imóveis, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, teria sido adquirido por ordem de Dezinho.

Na época, Dezinho ainda era responsável por receber a maioria das cargas de cocaína que chegava à capital e à Baixada Santista. Em liberdade, subiu na hierarquia e foi destacado para atuar na expansão do PCC pela América Latina – motivo pelo qual ganhou a alcunha de Argentina.

Em 2021, o MPSP identificou Dezinho como um dos gerentes do PCC na Bolívia, ao lado de Valdeci Alves dos Santos, o Colorido. Segundo as investigações, ele liderou o transporte de mais de 15 toneladas de cocaína por ano.

Com a prisão de Colorido, capturado em Salgueiro, no sertão de Pernambuco, em 2022, e o desaparecimento de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, a relevância de Dezinho no tráfico internacional aumentou ainda mais.

“Faria Limer”

Com larga experiência no mercado, Diego Mazzi de Aquino, de 36 anos, é cunhado de Dezinho e trabalhou nos últimos anos em um grande banco e em uma corretora de investimentos. Ele é acusado de atuar como “laranja” do líder do PCC e dar orientações para driblar alertas de bancos sobre operações financeiras suspeitas.

O MPSP afirma que um carro e contas de cartão de crédito de Dezinho estavam em seu nome. Mensagens mostraram também uma suposta orientação de Diego para que Carolina evitasse usar bancos para transações que poderiam chamar atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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