Delegado sobre depoimento de aluno que atacou escola: “Ele foi frio”

Aluno que matou professora e feriu quatro pessoas em escola é levado de DP para Vara da Infância; depois, seguirá para a Fundação Casa

atualizado 27/03/2023 21:32

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São Paulo – O delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 34º DP, disse que o adolescente que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, foi “frio” em seu depoimento. O ataque ocorreu na manhã desta segunda-feira (27/3).

“Posso adiantar que ele foi bem frio. Não demonstrou muita emoção e admitiu. Confessou na presença da advogada e dos pais que ele praticou os atos infracionais”, afirmou o policial.

O delegado explicou que a motivação do crime ainda está sendo investigada, e também a eventual participação de outras pessoas.

“A motivação a gente ainda está apurando a fundo e não quero antecipar nada. A gente ainda tem um campo de investigação. O que posso adiantar é que ele passou todas as informações de maneira pormenorizada. Ele admitiu os fatos. As imagens são fortes. Foram atos infracionais análogos a homicídio consumado e homicídio tentado”, completou.

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas
Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque
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Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia Montoro

Fábio Vieira/Metrópoles
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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas

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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque

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Testemunhas contam o terror que viveram

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Maria do Livramento, mãe de aluno

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Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, durante entrevista para a imprensa

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Renato Feder, secretário de Educação, durante entrevista para a imprensa

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Segundo o policial, um eventual envolvimento de mais pessoas “é alvo de apuração. De fato, estamos examinando isso. A gente tem de fazer também um trabalho intenso de rede sociais, a gente tem que fazer a questão de eventual apoio, eventual instigação”.

As polícias Civil e Militar apreenderam farto material com o estudante e na casa dele: “Estamos com farto material e estamos analisando. Eventuais pessoas ainda podem ser ouvidas”.

De acordo com o delegado, os próximos passos são verificar as postagens na internet, bilhetes, os depoimentos e declarações que foram prestados.

Dois anos planejando

O estudante afirmou em depoimento à polícia ter planejado o atentado por dois anos, inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

Em depoimento prestado na tarde desta segunda, na presença dos pais, o estudante afirmou que sentia tristeza “há muitos anos” e que há aproximadamente dois anos ele passou a ter ideias “de se vingar” com o intuito de “acabar com toda a angústia que sentia.”

Transferência

Depois de passar quase 10 horas no DP, o agressor foi levado no final da tarde desta segunda à Vara da Infância. Segundo a polícia, o agressor de 13 anos vai passar ainda pelo Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, e depois será levado para uma unidade da Fundação Casa.

Ataque e morte

O ataque ocorreu por volta das 7h20, de acordo com a Polícia Militar. O adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da escola. Ele entrou em duas salas de aula, com a faca em mãos e usando uma máscara de caveira, e golpeou pelo menos dez vezes uma das professoras pelas costas, matando-a.

O estudante desferiu ao menos 10 facadas na professora Elisabeth Tenreiro, 71 anos. Ela foi levada ao Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, mas, como apresentava quadro clínico muito grave, não resistiu e morreu.

Pais e alunos relataram a briga que teria dado origem ao ataque. Maria José Fernandes, mãe de uma estudante de 13 anos da escola, disse que o rapaz que atacou a instituição de ensino tinha brigado com outro aluno na semana passada.

Outro estudante detalhou que a briga da semana passada teria começado por causa de ataques racistas feitos pelo autor das facadas a um colega. O aluno vítima dos xingamentos racistas não teria ido à escola hoje.

Não é a primeira vez que o agressor se envolve em ocorrências de violência. O Metrópoles revelou que a direção da antiga escola do adolescente alertou a polícia sobre o “comportamento suspeito” do estudante um mês antes do atentado.

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