Cracolândia: metade dos imóveis na área de isenção já não paga IPTU

Projeto que prevê isenção de IPTU na Cracolândia foi aprovado em primeira votação pela Câmara e deve ser tema de debate na próxima 3ª feira

atualizado 18/08/2023 18:44

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Imagem colorida mostra uma rua estreira, cheia de pessoas em situação de rua e usuários de drogas, que ocupam toda a via - Metrópoles Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — Quase metade dos imóveis que ficam no perímetro incluído no projeto de isenção de IPTU na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, proposto pelo prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), já é isento do pagamento do imposto.

Um levantamento feito no cadastro de IPTU pelo gabinete do vereador Seninal Moura, líder da bancada do PT na Câmara Municipal, aponta que, dos 330 imóveis que ficam nos sete quarteirões beneficiados pela medida, 151 já não pagam o imposto. Outros 91 pagam, ao todo, R$ 44 mil por ano à Prefetuira.

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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

Alfredo Henrique/Metrópoles
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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia

Fábio Vieira/ Metrópoles
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Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

Fábio Vieira/ Metrópoles
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Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local

Fábio Vieira/Metrópoles
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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dependente químico segura cachimbo de crack na região da Luz, em São Paulo

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Homem sentado no chão na Rua Prates

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Homem sentado na Praça Marechal Deodoro, com coberta azul, tomando sopa

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Fluxo da Cracolândia, no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Pessoas no fluxo da Cracolândia, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Em situação de rua, Júlio César Ferreira da Silva, 33 anos, ao lado de seu cachorro, Scooby

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Barracas montadas nas grades do Parque da Luz, em frente à estação, na região central de São Paulo

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Pessoas deitadas na calçada no entorno do Parque da Luz, em São Paulo

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Pessoas em situação de rua carregam sacos sobre as costas no Bom Retiro

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Abordagem de pessoa em situação de rua na Prates, no Bom Retiro

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Homens aguardam sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas formam fila à espera de sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas pegam potes de sopa na Praça Marechal Deodoro

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População em situação de rua sob o Minhocão, em São Paulo

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Pessoas reunidas na Feira do Rolo, na Avenida São João, região central

William Cardoso/Metrópoles

 

A análise mostra, por outro lado, que 32 imóveis desse perímetro da Cracolândia é responsável por 92% da arrecadação total com IPTU naqueles quarteirões — cerca de R$ 2 milhões dos R$ 2,8 milhões arrecadados por ano.

A pesquisa do vereador é a única disponível sobre o projeto de lei até o momento. A Prefeitura, até esta sexta-feira (18/8), não havia feito nenhuma apresentação detalhada da proposta.

O projeto da Prefeitura, atencipado pelo Metrópoles e já aprovado pelo Legislativo em primeira votação, prevê isenção de IPTU em sete quarteirões da região, além de outros imóveis que, segundo a gestão Nunes, também sofrem impactos da existência do fluxo de usuários de drogas nas ruas do centro.

Além dos imóveis dos sete quarteirões descritos no texto do projeto de lei, o documento traz um anexo com uma listagem de 619 imóveis que também serão beneficiados pela isenção de IPTU, pelo período de dois anos.

Conforme o Metrópoles mostrou nesta sexta-feira (18/8), há contribuintes nesta lista que estão fora da Cracolândia e que possuem dívidas milionárias de IPTU.

O prefeito Nunes estimou que, ao todo, o plano da Prefeitura deve representar uma renúncia fiscal (perda de arrecadação) de R$ 4,5 milhões por ano, no ano que vem e em 2025, prazo de vigência da isenção.

Os vereadores devem discutir o tema em duas audiências públicas, a primeira delas marcada para a próxima terça-feira (22/8). Parlamentares pretendem propor mudanças no número de imóveis beneficiados pelo projeto. Para ser aprovado, é preciso mais uma votação do texto, que ainda não tem data para ocorrer.

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