Coordenadora desarmou e segurou atirador em escola até a chegada da PM

Funcionária da Escola Estadual Sapopemba manteve autor de ataque na sala da diretoria após ele matar aluna de 17 anos e ferir outras duas

atualizado 23/10/2023 19:30

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São Paulo – A coordenadora pedagógica da Escola Estadual Sapopemba desarmou e conteve, até a chegada da Polícia Militar, o adolescente de 16 anos que promoveu um ataque na instituição de ensino da zona leste de São Paulo, no início da manhã desta segunda-feira (23/10).

A mulher de 43 anos, segundo registros da Polícia Civil, manteve o jovem na sala da direção, local onde ele foi encontrado por policiais militares durante a varredura que fizeram na escola, assim que foram notificados sobre o ataque.

Instantes depois, os PMs encontraram a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, caída perto de uma escadaria da escola, ferida com um tiro na nuca. Ela foi a única vítima que morreu no ataque. Uma câmera de monitoramento registrou o momento em que ela foi atingida pelo disparo, dado à queima-roupa.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta

Renan Porto/Metrópoles
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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

Renan Porto/Metrópoles

Outras duas jovens, de 15 anos, também foram atingidas pelos tiros. Uma delas no lado direito da clavícula e a outra no lado esquerdo do abdômen. Um rapaz, de 18 anos, se machucou com estilhaços de vidro, em uma das mãos, quando fugia do tiroteio.

A adolescente que levou o tiro na clavícula segue internada e os médicos avaliam se há necessidade de cirurgia. A menina que foi atingida no abdômen e o garoto que se machucou com estilhaços de vidro foram atendidos e já receberam alta.

O autor do crime disparou quatro vezes, usando um revólver calibre .38. A arma, que pertencia ao pai do garoto, estava com a documentação em dia, de acordo com a polícia.

Os pais do atirador são separados. Segundo a Polícia Civil, a arma e a munição estavam guardadas em locais distintos da casa e o jovem precisou “vasculhar” os cômodos para encontrá-la.

O armamento estava registrado desde 1994. O pai do adolescente ainda não foi ouvido na delegacia. Além do estudante, as autoridades investigam a participação indireta de outros suspeitos.

Ameaça e rotina de agressões

A investigação aponta que o atirador de 16 anos contou à mãe, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais.

Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba, a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira (assista abaixo).

 

O Metrópoles localizou dois registros, em vídeo, nos quais o adolescente é agredido. Um deles seria do caso registrado no B.O. Já o outro ocorreu no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.

Segundo alunos da escola, o adolescente era alvo de bullying por ser homossexual. Esse teria sido o motivo para o ataque desta segunda-feira.

Grupos rivais

Em alguns vídeos postados no TikTok e Instagram, o adolescente aparece chorando após sofrer violência física. As redes sociais eram usadas por ele, seus seguidores e um grupo rival para alimentar as desavenças entre os jovens.

De acordo com o registro da ocorrência, “a vítima [autor do ataque] tem muitas visualizações de tudo o que lhe acontece”. Além disso, segundo o B.O., “as agressões sofridas pela vítima se generalizaram na internet, e foi percebido que os agressores ganharam muitos seguidores”. Por fim, o estudante diz à polícia que “teme por sua integridade física e que as ameaças se espalhem”.

Segundo a família do adolescente, o Conselho Tutelar e a Diretoria de Ensino foram procurados na ocasião da denúncia. Acionada, a Secretaria de Estado da Educação não se manifestou. O espaço está aberto.

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