São Paulo – Depois de cinco anos de paralisação, as obras do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas poderão ser retomadas após uma licitação marcada para a tarde desta terça-feira (14/3), na B3, Bolsa de Valores de São Paulo, no centro da capital, pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A proposta é que uma empresa assuma a construção do trecho, paralisada desde 2018, e depois faça a administração da rodovia, obtendo em troca o direito de explorar o pedágio.
Segundo as regras do edital, a empresa poderá cobrar uma taxa de R$ 0,16 por quilômetro de cada automóvel que circular pelas pistas. Será permitido o sistema free flow (sem praças físicas de pedágio).
O contrato é estimado em R$ 3,4 bilhões, referentes a investimentos que a concessionária terá de fazer para concluir a obra. Vencerá a licitação quem estimar a menor contraprestação para o poder público, orçada em até R$ 51,4 milhões.
Obras
A gestão Tarcísio decidiu dar prosseguimento ao processo de contratação para finalizar as obras desenhado pelo antecessor Rodrigo Garcia (PSDB). O governador havia prometido retomar a obra antes de seus 100 primeiros dias de gestão, em abril.
Na semana passada, a Coesa, antiga OAS, empresa que vinha tocando as obras até a paralisação, requisitou à Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transporte de São Paulo (Artesp) a suspensão da licitação, sob argumento de que o Estado teria débitos com a empresa.
O governo recusou a demanda e a empresa fez o mesmo pedido à Justiça, mas o juiz Sergio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, também não deu razão às queixas da Coesa.
Atraso histórico
O projeto do anel viário ao redor de São Paulo completou 25 anos em janeiro passado. As obras já custaram R$ 34,4 bilhões, três vezes mais do que as estimativas feitas em 1998 pelo então governador Mário Covas, com cujo nome foi batizado o rodoanel.
