São Paulo – Cidade turística do litoral paulista, Guarujá vive uma onda de violência, com aumento de roubos e registro de arrastões, assaltos com fuzil e até ataque cinematográfico a caixa eletrônico.
Para tentar reverter o atual cenário de insegurança, a prefeitura de Guarujá anunciou o reforço da tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo. O município também mira a fiscalização de bicicletas, o principal veículo usado na prática de roubos.
Foi na cidade que o influenciador Meno Kabrinha, 18 anos, acabou baleado na cabeça durante tentativa de assalto na semana passada. Ele se recupera após cirurgia e passa bem.
Dados oficiais confirmam o aumento da violência que assusta moradores, turistas e autoridades. Os roubos subiram 44,6% em Guarujá, com 1.221 casos registrados entre janeiro e abril de 2023. No mesmo período de 2022, houve 846 ocorrências, de acordo com estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Dossiê
A cidade também registrou um assalto a banco no dia 5 de abril – o que não acontecia desde 2014. Na ocasião, criminosos usaram explosivos para atacar uma agência na Praia da Enseada, uma das mais badaladas do litoral, e atiraram contra uma base da PM para retardar a reação.
O município foi palco, ainda, do assassinato do comerciante Osil Vicente Guedes, de 49 anos, ex-policial militar, espancado até a morte. As circunstâncias do homicídio ainda são apuradas pela Polícia Civil.
Para pedir socorro ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a gestão Válter Suman (PSB), de Guarujá, preparou um dossiê dos crimes cometidos na cidade nos últimos dois meses.
A lista inclui tiroteios com mortes, arrastões contra idosos na praia e turistas feitos de refém em uma casa de veraneio.
Policiamento
O pedido de reforço policial foi feito em audiência com o coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da PM, na terça-feira (30/5), que confirmou à prefeitura o envio de tropas de choque e do policiamento de trânsito para blitze preventivas.
“Diante de situações de emergência, as tropas especializadas descem para ajudar e é o que está sendo feito neste momento”, declarou o comandante, na ocasião.
Antes, a administração municipal havia anunciado o reforço de 75 agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), que passou a ter 352 pessoas. Os guardas devem focar no monitoramento de áreas mais frequentadas, como praias e calçadões, e fiscalizar bicicletas.
As bikes são proibidas de circular pela areia, calçadas e faixas de jardins, de acordo com o Código de Posturas do Município, de 1998.“Quem infringir a lei está sujeito a ter a bicicleta apreendida e, para fazer a retirada do pátio, é necessário pagar multa”, diz a prefeitura, em nota. O valor é de R$ 63,90.
